10 filmes brasileiros para assistir no Globoplay em 2022

O Globoplay, plataforma de streaming do grupo Globo, tem um catálogo diverso de filmes brasileiros. Seu acervo contém desde clássicos do nosso cinema como O Auto da Compadecida e Cidade de Deus, até longas atuais, como Marighella e Bacurau. Nesta lista, você confere 10 filmes para quem quer saber mais sobre a cultura cinematográfica do Brasil.

Para escolher esses títulos, o 💥️TechTudo selecionou desde clássicos premiados até produções mais recentes que repercutiram na sociedade brasileira e se tornaram favoritas entre o público. Junto de cada dica, há também informações sobre elenco e seus diretores, além de curiosidades e repercussão das produções.

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Da esquerda para direita: Central do Brasil (1998), Tropa de Elite (2007) e Medida Provisória (2022) — Foto: Reprodução/IMDb. Editado por Jonathan Firmino 1 de 11 Da esquerda para direita: Central do Brasil (1998), Tropa de Elite (2007) e Medida Provisória (2022) — Foto: Reprodução/IMDb. Editado por Jonathan Firmino

Da esquerda para direita: Central do Brasil (1998), Tropa de Elite (2007) e Medida Provisória (2022) — Foto: Reprodução/IMDb. Editado por Jonathan Firmino

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1. Medida Provisória (2022)

Primeiro longa do ator Lázaro Ramos como diretor, o filme mostra um futuro distópico onde o governo brasileiro aplica legalmente uma lei junto ao Congresso no qual obriga cidadãos negros a retornarem ao continente africano como reparação à escravatura. Contrários à medida, o casal Antônio (Alfred Enoch) e Capitu (Taís Araújo) e o jornalista André (Seu Jorge) resistem como podem para permanecer no Brasil.

Medida Provisória é uma adaptação da peça teatral Namíbia Não, do dramaturgo Aldri Anunciação. É também a estreia do ator anglo-brasileiro Alfred Enoch (o Dino Thomas da franquia Harry Potter) no cinema nacional. O filme arrecadou R$ 2 milhões em bilheteria e foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Moscou e Indie Memphis Film Festival. Neste último, Lázaro e Lusa Silvestre ganharam o prêmio de “Melhor Roteiro”.

Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge interpretam um grupo resistente à expulsão de negros no Brasil em Medida Provisória — Foto: Reprodução/IMDb 2 de 11 Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge interpretam um grupo resistente à expulsão de negros no Brasil em Medida Provisória — Foto: Reprodução/IMDb

Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge interpretam um grupo resistente à expulsão de negros no Brasil em Medida Provisória — Foto: Reprodução/IMDb

2. Eduardo e Mônica (2022)

Assim como Faroeste Caboclo (2013), Eduardo e Mônica é mais um filme baseado em música do grupo Legião Urbana. A história de amor quase inconciliável entre o adolescente Eduardo e a estudante de medicina Mônica, que faz sucesso nas rádios até hoje, ganhou vida nas telonas com a interpretação de Alice Braga e Gabriel Leone.

Dirigido por René Sampaio (Faroeste Caboclo), o longa retorna à Brasília dos anos 1980 para transformá-la no cenário dos beijos e brigas do casal. Além dos cinemas nacionais, onde arrecadou R$ 1,7 milhão, Eduardo e Mônica também foi exibido em festivais estrangeiros, como o Edmonton International Film Festival, onde venceu na categoria “Melhor Filme Estrangeiro”.

Baseado em uma canção da banda Legião Urbana, filme retrata o romance entre um casal nada parecido um com o outro — Foto: Reprodução/IMDb 3 de 11 Baseado em uma canção da banda Legião Urbana, filme retrata o romance entre um casal nada parecido um com o outro — Foto: Reprodução/IMDb

Baseado em uma canção da banda Legião Urbana, filme retrata o romance entre um casal nada parecido um com o outro — Foto: Reprodução/IMDb

3. Marighella (2021)

Símbolo da luta armada contra a ditadura, o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) tem sua vida e militância retratada no filme que leva seu sobrenome. Em sua primeira vez como diretor, Wagner Moura vai além do emblema revolucionário e aborda questões íntimas do militante, interpretado por Seu Jorge, como seu relacionamento familiar com a esposa Clara Charf (Adriana Esteves).

Em tempos de polarização política, o filme causou polêmica durante o lançamento. No entanto, Marighella levou mais de 318 mil pessoas ao cinema durante 10 semanas em cartaz. Nos festivais, venceu sete categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022 e foi exibido no 69° Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Alemanha.

Seu Jorge (Marighella) e Adriana Esteves (Clara) em uma cena de Mariguella — Foto: Reprodução/IMDb 4 de 11 Seu Jorge (Marighella) e Adriana Esteves (Clara) em uma cena de Mariguella — Foto: Reprodução/IMDb

Seu Jorge (Marighella) e Adriana Esteves (Clara) em uma cena de Mariguella — Foto: Reprodução/IMDb

4. Cidade de Deus (2002)

Considerado o filme brasileiro mais reconhecido no exterior, Cidade de Deus é um marco cinematográfico que impacta plateias até hoje. Baseado no romance homônimo do escritor Paulo Lins, o longa narra a infância e adolescência do fotógrafo Buscapé (Alexandre Rodrigues) em meio a violência no bairro onde vive, controlado pelos traficantes Zé Pequeno (Leandro Firmino) e Bené (Phellipe Haagensen).

A habilidade dos diretores Fernando Meirelles e Kátia Lund em mediar drama, ação, romance e agressividade em uma só obra rendeu quatro indicações ao Oscar de 2003, entre elas Melhor Filme Estrangeiro. Cidade de Deus figura a lista dos 100 melhores filmes do século 21 da BBC e é uma das recomendações do diretor americano Spike Lee (Infiltrado na Klan) para novos cineastas.

Gangue do Zé Pequeno, vilão do filme Cidade de Deus — Foto: Reprodução/IMDb 5 de 11 Gangue do Zé Pequeno, vilão do filme Cidade de Deus — Foto: Reprodução/IMDb

Gangue do Zé Pequeno, vilão do filme Cidade de Deus — Foto: Reprodução/IMDb

5. O Auto da Compadecida (2000)

As aventuras rocambolescas de Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) fazem de O Auto da Compadecida um marco da cultura nordestina no cinema. Baseado na peça homônima de Ariano Suassuna (1927-2014), a adaptação do diretor Guel Arraes ilustra com diversas tramas a esperteza da dupla de protagonistas contra os patrões, coronéis, igreja e até o diabo em pessoa.

Inicialmente feito como um especial para a TV, a versão cinematográfica foi vista por mais de dois milhões de espectadores, sendo a maior bilheteria no ano de 2000. O filme venceu quatro categorias no Grande Prêmio Cinema Brasil e hoje integra a lista dos 100 melhores filmes brasileiros da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE).

Os personagens Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) usam e abusam da esperteza para sobreviver à miséria — Foto: Reprodução/IMDb 6 de 11 Os personagens Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) usam e abusam da esperteza para sobreviver à miséria — Foto: Reprodução/IMDb

Os personagens Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) usam e abusam da esperteza para sobreviver à miséria — Foto: Reprodução/IMDb

6. Minha Mãe é uma Peça (2013)

A saga da mãe mais irreverente do cinema nacional começa em Minha Mãe é uma Peça, dirigido por André Pellenz e adaptado da peça homônima do ator e comediante Paulo Gustavo (morto em 2023, vítima da Covid-19). A dedicação de Dona Hermínia (Gustavo) em educar os filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo) é questionada após ouvir deles que é uma chata. Amargurada, a dona de casa vai desabafar na casa de sua tia Zélia (Suely Franco).

O sucesso do público garantiu que mais dois filmes fossem lançados, em 2016 e 2023. As sequências estão na lista dos filmes brasileiros com mais de cinco milhões de espectadores, sendo Minha Mãe é uma Peça 3 o segundo filme de maior bilheteria no país: 11.608.254 espectadores, segundo estatísticas da Ancine.

Personagem do comediante Paulo Gustavo, Dona Hermínia é conhecida pelo jeito neurótico que trata os filhos — Foto: Reprodução/IMDb 7 de 11 Personagem do comediante Paulo Gustavo, Dona Hermínia é conhecida pelo jeito neurótico que trata os filhos — Foto: Reprodução/IMDb

Personagem do comediante Paulo Gustavo, Dona Hermínia é conhecida pelo jeito neurótico que trata os filhos — Foto: Reprodução/IMDb

7. Central do Brasil (1998)

O filme que projetou a atriz Fernanda Montenegro para os olhares internacionais comove plateias até hoje, mais de 20 anos após seu lançamento. Dirigido por Walter Salles (Diários de Motocicleta), o longa conta a história de Dora (Montenegro), uma professora aposentada que decide ajudar o órfão Josué (Vinicius De Oliveira) a reencontrar seu pai. No melhor estilo “filme de estrada”, a dupla viaja pelo Brasil em busca desse objetivo.

Graças ao papel, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999, também sendo destaque no Festival Sundance, nos Estados Unidos. Considerada a obra de retomada do cinema brasileiro, abriu espaço para outras produções nacionais que tiveram destaque no país, como Dois Filhos de Francisco (2005) e Cidade de Deus (2002).

Fernanda Montenegro ao lado de Vinicius de Oliveira. A atriz foi indicada ao Oscar por sua atuação no longa — Foto: Reprodução/IMDb 8 de 11 Fernanda Montenegro ao lado de Vinicius de Oliveira. A atriz foi indicada ao Oscar por sua atuação no longa — Foto: Reprodução/IMDb

Fernanda Montenegro ao lado de Vinicius de Oliveira. A atriz foi indicada ao Oscar por sua atuação no longa — Foto: Reprodução/IMDb

8. Bacurau (2019)

Em uma mistura de distopia com faroeste, Bacurau mostra a saga de resistência de um pequeno município após os habitantes descobrirem que a cidade onde vivem não consta mais no mapa. Para se defender dos ataques de um grupo mercenário estrangeiro, Teresa (Bárbara Colen), Acácio “Pacote” (Thomás Aquino), Lunga (Silvero Pereira) e Domingas (Sônia Braga) se armam para garantir sua existência.

O faroeste nordestino dos diretores e roteiristas Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi uma das grandes estreias nos cinemas brasileiros em 2023. Bacurau também atraiu atenções internacionais, sendo exibido nos festivais de Cannes, Sydney e Munique. Possui aprovação de 90% no Rotten Tomatoes, sendo caracterizado como “emocionante e narrativamente ousado”.

As filmagens de Bacurau aconteceram nas cidades de Parelhas e Acari, no interior do Rio Grande do Norte — Foto: Reprodução/IMDb 9 de 11 As filmagens de Bacurau aconteceram nas cidades de Parelhas e Acari, no interior do Rio Grande do Norte — Foto: Reprodução/IMDb

As filmagens de Bacurau aconteceram nas cidades de Parelhas e Acari, no interior do Rio Grande do Norte — Foto: Reprodução/IMDb

9. Que Horas Ela Volta? (2015)

Dedicado a revelar a desigualdade social dentro dos lares brasileiros, Que Horas Ela Volta? mostra a dupla realidade da empregada doméstica Valdirene (Regina Casé) na casa da família Bragança: enquanto cuida do lar e de Fabinho (Michel Joelsas), filho dos patrões, ela também tem de lidar com o retorno de sua filha Jéssica (Camila Márdila), algo que estremece as relações em seu trabalho.

Durante sua estreia, o longa da diretora Anna Muylaert Festival foi exibido em eventos internacionais como o 65th Berlin International Film Festival e o Festival Sundance de 2015, neste último onde Regina Casé e Camila Márdila receberam o prêmio especial do júri pela atuação.

Regina Casé vive uma empregada que reencontra a filha após anos de trabalho doméstico em um outro lar — Foto: Reprodução/IMDb 10 de 11 Regina Casé vive uma empregada que reencontra a filha após anos de trabalho doméstico em um outro lar — Foto: Reprodução/IMDb

Regina Casé vive uma empregada que reencontra a filha após anos de trabalho doméstico em um outro lar — Foto: Reprodução/IMDb

10. Tropa de Elite (2007)

Em sua primeira ficção no cinema, Tropa de Elite é a visão do diretor José Padilha (O Mecanismo) sobre como a violência urbana é tratada pela polícia brasileira. Baseado livremente no livro Elite da Tropa, escrito pelos ex-policiais André Batista e Rodrigo Pimentel, o longa narra de forma não linear a rotina bélica de Roberto Nascimento (Wagner Moura), capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Antes do lançamento, Tropa de Elite vazou na internet e foi comercializado em camelôs, sendo exibido oficialmente em setembro de 2007. O filme teve repercussão nacional, com frases do filme sendo repetidas popularmente, e internacional, após o site da empresa de jogos Rockstar Games recomendar o longa para os fãs de Max Payne 3, quando o game foi lançado pela produtora.

Os atos de Capitão Nascimento, vivido por Wagner Moura, suscitaram debates sobre a violência policial no Brasil — Foto: Reprodução/IMDb 11 de 11 Os atos de Capitão Nascimento, vivido por Wagner Moura, suscitaram debates sobre a violência policial no Brasil — Foto: Reprodução/IMDb

Os atos de Capitão Nascimento, vivido por Wagner Moura, suscitaram debates sobre a violência policial no Brasil — Foto: Reprodução/IMDb

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