Cinco vezes em que a inteligência artificial 'ressuscitou' pessoas
A inteligência artificial (IA) está sendo empregue em projetos para criar a ilusão de "trazer os mortos de volta à vida". Técnicas de aprendizado de máquina, por exemplo, já foram usadas para recriar a voz de celebridades como Steve Jobs, fundador da Apple. Graças à tecnologia, o empresário, que faleceu em 2011, pôde "participar" de um podcast em outubro. Um projeto da empresa MyHeritage, por sua vez, usa deepfake para animar fotografias de pessoas já falecidas. Basta enviar uma foto de parentes ou amigos que já partiram para ver a imagem "ganhar vida".
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Steve Jobs foi trazido "de volta à vida" por inteligência artificial; veja outros casos — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Steve Jobs foi trazido "de volta à vida" por inteligência artificial; veja outros casos — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
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1. Idosa conversa com familiares durante seu próprio funeral
A inteligência artificial foi usada para fazer com que a educadora e ativista pelo holocausto Marina Smith pudesse "conversar" com amigos e familiares durante o próprio funeral, em agosto deste ano. A interação aconteceu em uma espécie de videochamada, em que a idosa parecia ouvir as perguntas dos convidados e, após um curto delay para o processamento da IA, responder às questões. A dinâmica criava a ilusão de uma conversa normal.
2 de 4 Marina Smith conversa com os convidados do seu próprio velório — Foto: Divulgação/Marina H. Smith FoundationMarina Smith conversa com os convidados do seu próprio velório — Foto: Divulgação/Marina H. Smith Foundation
A tecnologia utilizada é de propriedade da empresa StoryFile, da qual o filho de Marina, Stephen Smith, é cofundador. Para permitir a "conversa", o empresário usou 20 câmeras sincronizadas para filmar a mãe enquanto ela, ainda em vida, respondia às perguntas. A IA, então, separou as gravações em trechos. Assim, quando Marina recebia um questionamento, o software selecionava o clipe mais adequado para usar como resposta.
2. Cantor coreano "volta à vida"
Em 2023, um programa de TV sul-coreano trouxe "de volta à vida” o cantor Kim Kwang-seok, falecido há mais de 25 anos. Para isso, foi utilizada uma tecnologia de aprendizado de máquina chamada Singing Voice Synthesis ("Síntese de Voz de Canto", em tradução direta), da empresa sul-coreana Supertone.
3 de 4 Inteligência artificial consegue simular voz de artista morto há 25 anos com grande precisão — Foto: Reprodução/YouTubeInteligência artificial consegue simular voz de artista morto há 25 anos com grande precisão — Foto: Reprodução/YouTube
Primeiro, a inteligência artificial foi treinada com 700 canções de diferentes artistas, para aprender técnicas de entonação e ritmo. Depois, o software foi alimentado com 20 canções de Kim Kwang-seok, para que pudesse replicar a voz do cantor. Durante a apresentação, o artista cantou uma música chamada “I miss you”, lançada por outro cantor sul-coreano seis anos após a morte de Kwang-seok. A fidelidade à voz e ao timbre do cantor na produção artificial agradou fãs e familiares.
3. Steve Jobs participa de podcast
A voz de Steve Jobs, fundador da Apple que faleceu em 2011, foi recriada com inteligência artificial e inserida em uma entrevista com o comediante Joe Rogan, durante um podcast em outubro. A participação é resultado do trabalho da empresa Play.ht, que usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para "clonar" as vozes das pessoas.
4 de 4 Steve Jobs, antigo CEO da Apple, faleceu em 2011 — Foto: DivulgaçãoSteve Jobs, antigo CEO da Apple, faleceu em 2011 — Foto: Divulgação
Para que a entrevista pudesse ocorrer, a inteligência artificial teve que ser treinada com várias linhas de fala de ambas as personalidades. Tanto Rogan quanto Jobs tiveram a voz clonada digitalmente e utilizada em diálogos também criados pela tecnologia. Apesar de as falas dos participantes soarem robotizadas em determinados momentos, a IA conseguiu manter uma conversa coerente durante todo o podcast.
4. Projeto "Como se nada tivesse acontecido"
O fotógrafo turco Alper Yesiltas utilizou inteligência artificial para imaginar como estariam atualmente algumas celebridades icônicas que morreram jovens. Por meio de softwares de aperfeiçoamento de imagens e programas de edição e tratamento, o artista "envelheceu" famosos como Freddie Mercury, Heath Ledger e Kurt Cobain. Nos resultados, Yesiltas mostra também como seria Michael Jackson se tivesse envelhecido sem ter feito procedimentos estéticos.
1 de 10John Lennon foi assassinado em 1980 aos 40 anos de idade — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas 2 de 10
Elvis Presley idoso, segundo imagens de Inteligência Artificial — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas ✅Pular X de 10
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Entre as personalidades projetadas, o ator Heath Ledger seria o mais novo caso ainda estivesse vivo — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas 4 de 10
Freddie Mercury, vocalista da banda britânica de rock Queen, idoso — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas ✅Pular X de 10
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Fotógrafo imaginou como Michael Jackson seria hoje sem vitiligo — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas 6 de 10
Artista Alper Yesiltas projeta imagem de Bruce Lee, caso ele ainda estivesse vivo — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas ✅Pular X de 10
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Cantora Janis Joplin, que faleceu em 1970, é considerada a "Rainha do Rock and Roll" até hoje — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas 8 de 10
Jimi Hendrix também foi outro artista relembrado no projeto — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas ✅Pular X de 10
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Kurt Cobain, vocalista da banda grunge Nirvana, morreu aos 27 anos de idade em 1994 — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas 10 de 10
2pac foi um rapper, ator e compositor estadunidense — Foto: Reprodução/Alper Yesiltas ✅Pular X de 10
Publicidade Por meio de inteligência artificial, fotógrafo imaginou como estariam algumas celebridades que morreram jovens, como Kurt Cobain e Janis Joplin; veja imagens do projeto
5. Deep Nostalgia
Deep Nostalgia é um software online de inteligência artificial que anima fotos de pessoas falecidas. Desenvolvido pela empresa de genealogia MyHeritage, o recurso funciona a partir de drivers, que são vídeos que consistem em uma sequência fixa de movimentos e gestos. A IA recorre a esse banco de dados para aplicar os movimentos às fotografias, de forma semelhante à tecnologia deepfake. Assim, são geradas animações de pessoas olhando em volta ou sorrindo, por exemplo.
Animação produzida pela IA Deep Nostalgia — Foto: Divulgação/MyHeritage
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