8 filmes e séries essenciais para assistir no mês da Consciência Negra

O mês da Consciência Negra ressalta a importância do combate ao racismo, e da celebração e valorização da cultura preta. Muitos filmes, séries e documentários ecoam esses objetivos com histórias como a da cantora Ma Rainey, interpretada por Viola Davis em A Voz Suprema do Blues, ou os relatos e reflexões de diversos nomes importantes da cena brasileira em Afronta!, além dos paralelos dos movimentos de direito civis com a luta antirracista contemporânea em Eu Não Sou Seu Negro. Confira, nesta lista do 💥️TechTudo, oito obras essenciais para assistir até o fim do mês de novembro.

Vale ressaltar que, para a escolha dos títulos, foram utilizadas as notas dos sites especializados IMDB, Metacritic e Rotten Tomatoes, além da repercussão de cada obra dentro dos temas que eles buscam dar destaque.

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Viola Davis como Ma Rainey em A Voz Suprema do Blues — Foto: Reprodução/Netflix 1 de 8 Viola Davis como Ma Rainey em A Voz Suprema do Blues — Foto: Reprodução/Netflix

Viola Davis como Ma Rainey em A Voz Suprema do Blues — Foto: Reprodução/Netflix

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💥️A Voz Suprema do Blues

A Voz Suprema do Blues é baseada na vida de Ma Rainey, uma das primeiras cantoras de blues afro-americanas a gravar discos, na década de 1920. Estrelado por Viola Davis (How To Get Away With Murder) e Chadwick Boseman (Pantera Negra), o filme retrata os conflitos que músicos negros enfrentaram numa indústria majoritariamente branca de Chicago em meio à tensão constante da protagonista e o seu trompetista, Levee, que sonha em ter uma carreira solo. O filme está no catálogo da Netflix.

Considerado pela The Guardian como uma "ópera feroz de paixão e dor", A Voz Suprema do Blues foi aclamado pela crítica, sendo indicado ao Oscar de 2023 na categoria de Melhor Atriz e Melhor Ator. O filme também foi a última aparição de Chadwick Boseman nas telas antes de falecer por câncer de cólon, em agosto de 2023.

A História do Cinema Negro nos EUA

A História do Cinema Negro nos EUA destaca a ascensão de filmes protagonizados e dirigidos por atores negros nos anos 70 — Foto: Reprodução/Netflix 2 de 8 A História do Cinema Negro nos EUA destaca a ascensão de filmes protagonizados e dirigidos por atores negros nos anos 70 — Foto: Reprodução/Netflix

A História do Cinema Negro nos EUA destaca a ascensão de filmes protagonizados e dirigidos por atores negros nos anos 70 — Foto: Reprodução/Netflix

O documentário A História do Cinema Negro nos EUA (Is That Black Enough For You?!?, em inglês) apresenta uma análise crítica da trajetória do cinema Afro-Americano nos Estados Unidos, com ênfase em obras dos anos 70, onde diversos filmes foram protagonizados e realizados por atores negros durante o movimento conhecido como blaxploitation. O filme alcançou a notória marca de 100% da crítica especializada no Rotten Tomatoes.

Lançado esse mês na Netflix, o título escrito e dirigido por Elvis Mitchell, conta com imagens de arquivo e reproduções de clássicos do cinema negro da época em destaque e das décadas que a antecedem, além de entrevistas com nomes influentes da indústria, como Laurence Fishburne, Margaret Avery, Samuel L. Jackson, Whoopi Goldberg e Zendaya, onde refletem sobre a importância representatividade no cinema em suas perspectivas pessoais.

Afronta!

O documentário brasileiro, Afronta!, reúne grandes nomes de várias áreas de atuação para refletir sobre vários temas. — Foto: Reprodução/Netflix 3 de 8 O documentário brasileiro, Afronta!, reúne grandes nomes de várias áreas de atuação para refletir sobre vários temas. — Foto: Reprodução/Netflix

O documentário brasileiro, Afronta!, reúne grandes nomes de várias áreas de atuação para refletir sobre vários temas. — Foto: Reprodução/Netflix

Dirigido por Luciana Vicente, Afronta! é uma produção brasileira de 26 episódios que reúne nomes importantes da cena, como a cantora Liniker, a atriz Grace Passô, e o cineasta Gabriel Martins, para abordar temas como ancestralidade, racismo estrutural, representatividade e protagonismo. Gravada em 2017, a obra está disponível na Netflix.

O maior destaque de Afronta! se encontra na pluralidade de ideias e perspectivas dos assuntos tratados, já que seus relatos são de pessoas que conquistaram seu espaço em diversas áreas e apresenta os assuntos de cada episódio com uma linguagem acessível, mas responsável e didática.

Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica

Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica aborda a influência da tradição africana na culinária estadunidense. — Foto: Reprodução/Netflix 4 de 8 Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica aborda a influência da tradição africana na culinária estadunidense. — Foto: Reprodução/Netflix

Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica aborda a influência da tradição africana na culinária estadunidense. — Foto: Reprodução/Netflix

Inspirado no livro da escritora Jessica B. Harris, a minissérie documental Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica conta com Stephen Satterfield como o guia do espectador numa viagem de Benim, na África Ocidental, até o Texas. Nela, o empresário reconstrói a origem e a rica herança das raízes africanas nos pratos mais famosos da cozinha estadunidense, como o macarrão com queijo e o porco assado.

Com uma segunda temporada já confirmada, a série da Netflix recebeu uma aprovação de 100% pela crítica no Rotten Tomatoes, em especial pela forma como destaca e se aprofunda em algumas figuras históricas responsáveis por alguns dos pratos mais famosos do país.

Eu Não Sou Seu Negro

Eu Não Sou Seu Negro, documentário disponível na Globoplay — Foto: Divulgação/Magnolia Pictures 5 de 8 Eu Não Sou Seu Negro, documentário disponível na Globoplay — Foto: Divulgação/Magnolia Pictures

Eu Não Sou Seu Negro, documentário disponível na Globoplay — Foto: Divulgação/Magnolia Pictures

Disponível na Globoplay, Eu Não Sou Seu Negro baseia-se no manuscrito não-publicado do escritor e ativista James Baldwin, Remember The House, para explorar o contexto histórico do racismo estrutural nos Estados Unidos. Sob a direção do cineasta Raoul Peck e narrado por Samuel L. Jackson, o documentário destaca a luta dos movimentos dos direitos civis através de filmagens de figuras importantes como Malcolm X, Martin Luther King Jr e Medgar Evers, e investiga como sua representação e propostas evoluíram para os movimentos antirracistas contemporâneos.

O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2017 e voltou a ganhar notoriedade após os protestos do movimento Black Lives Matter pelo assassinato de George Floyd, estrangulado por um policial branco em maio de 2023.

The Black Power Mixtape 1967–1975

Angela Davis no documentário The Black Power Mixtape 1967-1975 — Foto: Reprodução/Rotten Tomatoes 6 de 8 Angela Davis no documentário The Black Power Mixtape 1967-1975 — Foto: Reprodução/Rotten Tomatoes

Angela Davis no documentário The Black Power Mixtape 1967-1975 — Foto: Reprodução/Rotten Tomatoes

The Black Power Mixtape 1967-1975 recorre às imagens registradas por jornalistas suecos, encontradas trinta anos depois nos arquivos da Sveriges Television, para oferecer uma nova perspectiva de um dos períodos mais importantes na luta por igualdade e democracia racial através do distanciamento histórico. O filme foi lançado em 2011 e está no catálogo da Amazon Prime Video.

O foco principal do documentário é a trajetória do movimento Black Power nos Estados Unidos. Nele, são abordados assuntos importantes da sua história, como as divergências com Martin Luther King Jr e as investidas do Estado e da grande mídia da época para rotulá-los como uma insurgência terrorista. A obra também enfatiza alguns dos líderes do movimento e oferece uma perspectiva mais humanizada de nomes que fizeram história, como os fundadores do Partido dos Panteras Negras, Bobby Seale e Huey Newton, além da ativista política Angela Davis, que também faz alguns dos comentários na obra.

Quem Matou Malcolm X?

O historiador Abdur-Rahman em Quem Matou Malcolm X? — Foto: Reprodução/Netflix 7 de 8 O historiador Abdur-Rahman em Quem Matou Malcolm X? — Foto: Reprodução/Netflix

O historiador Abdur-Rahman em Quem Matou Malcolm X? — Foto: Reprodução/Netflix

Malcolm X, um dos maiores ativistas afro-americanos que atuaram no movimento dos direitos civis, foi assassinado em fevereiro de 1965 em Nova York e três membros do grupo político-religioso Nation of Islam foram condenados pelo crime. No documentário "Quem Matou Malcolm X?", da Netflix, o historiador e ativista Abdur-Rahman Muhammad conduz sua própria investigação do caso com base no depoimento de Thomas Hagan, um dos condenados que alega a inocência dos dois homens presos com ele.

A minissérie conta com seis episódios e recapitula a trajetória de Malcolm e sua relação turbulenta com a Nation of Islam, além de refletir sobre como o assassinato de uma das figuras mais importantes da luta por igualdade racial afro-americana tem nos tempos modernos. Em agosto de 2023, cinquenta e cinco anos após serem condenados com Thomas Halgan, Muhammad A. Aziz e Khalil Islam, que faleceu em 2009, foram absolvidos pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

Quincy

Quincy Jones, à direita, no documentário sobre sua vida e carreira — Foto: Reprodução/Netflix 8 de 8 Quincy Jones, à direita, no documentário sobre sua vida e carreira — Foto: Reprodução/Netflix

Quincy Jones, à direita, no documentário sobre sua vida e carreira — Foto: Reprodução/Netflix

Quincy Jones é mais conhecido por deixar sua marca na indústria fonográfica quando, em 1982, produziu Thriller, de Michael Jackson, o álbum que se tornaria o mais vendido de todos os tempos. Porém, sua carreira não se limitou apenas a trabalhar ao lado do Rei do Pop, e o documentário da Netflix que leva o nome do músico apresenta sua trajetória como artista, além de elaborar sobre sua infância conturbada, o medo da morte e outros temas sensíveis.Apesar das críticas recebidas pela falta de profundidade em alguns aspectos, o filme conta com uma nota média de 82% no Rotten Tomatoes e nota 7,6 no IMDb.

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