As Nadadoras: conheça a história real que inspirou novo drama da Netflix

As Nadadoras (2022) traz, das piscinas para a Netflix, a vida da nadadora síria Yusra Mardini, que comoveu o mundo após participar das Olimpíadas do Rio em 2016. A cinebiografia teve lançamento na última quarta (23) e narra a história real de Yusra e sua irmã Sara ao saírem da Síria como refugiadas, em plena Guerra Civil no país do Oriente Médio. O longa teve direção da premiada cineasta galesa-egípcia Sally El Hosaini e conta com as irmãs franco-libanesas Nathalie e Manal Issa no papel das protagonistas.

Antes de ser lançado no streaming, a produção já tinha sido exibida na 47ª edição do Toronto International Film Festival, o que gerou notas positivas entre a crítica, já disponíveis em agregadores como IMDb, Metacritic e Rotten Tomatoes. Se você ficou curioso em saber mais sobre a vida e luta da nadadora refugiada Yusra Mardini, confira nos tópicos a seguir informações sobre enredo, elenco e a história real por trás do filme.

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Para protagonizar o filme, foram escaladas as irmãs e atrizes libanesas Nathalie e Manal Issa — Foto: Divulgação/Netflix 2 de 4 Para protagonizar o filme, foram escaladas as irmãs e atrizes libanesas Nathalie e Manal Issa — Foto: Divulgação/Netflix

Para protagonizar o filme, foram escaladas as irmãs e atrizes libanesas Nathalie e Manal Issa — Foto: Divulgação/Netflix

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Sinopse de As Nadadoras

Durante uma competição na cidade de Damasco, capital da Síria, a nadadora Yusra Mardini (Nathalie Issa) presencia a destruição do centro olímpico onde disputava a prova por conta dos bombardeios ocasionados pela guerra civil no país. Destinadas a transformar de rumo para sobreviver, a jovem decide mudar de nação junto com a irmã, Sara (Manal Issa). No meio do caminho, as duas enfrentam desafios e perigos até chegarem na Alemanha, onde são descobertas por um treinador alemão chamado Sven (Matthias Schweighöfer), algo que muda suas vidas para sempre.

A atleta Yusra Mardini em competição na sua cidade natal, Damasco, na Síria — Foto: Reprodução/IMDb 3 de 4 A atleta Yusra Mardini em competição na sua cidade natal, Damasco, na Síria — Foto: Reprodução/IMDb

A atleta Yusra Mardini em competição na sua cidade natal, Damasco, na Síria — Foto: Reprodução/IMDb

A história por trás do filme

A trajetória da nadadora refugiada Yusra Mardini chamou atenção mundial após sua participação nas Olimpíadas no Rio de Janeiro, em agosto de 2016. Na época, a atleta nadava como representante do primeiro time de atletas olímpicos refugiados, montado por esportistas de países como Etiópia, Sudão do Sul, Quênia, República Democrática do Congo e Síria, que além de Yusra contou com a também nadadora Rami Anis.

A vida de Yusra no esporte começou cedo. Nadadora desde a adolescência, ela já havia representado seu país no Campeonato Mundial de Natação da FINA (Federação Internacional de Natação) em dezembro de 2012. No entanto, após anos de conflitos bélicos em Damasco, iniciados no ano anterior, Yusra tomou a decisão de fugir da Síria e teve como companhia sua irmã Sara. As duas foram até o Líbano e de lá partiram para a Turquia, onde fizeram a viagem para a Grécia em um bote junto de outros 18 refugiados.

Como a embarcação só tinha espaço para seis a sete pessoas, o motor do bote pifou no meio do Mar Egeu. Foi aí que Yusra, Sara e uma outra tripulante que sabia nadar empurraram o pequeno bote a nado por mais de três horas até chegarem à ilha grega de Lesbos. De lá, viajaram a pé até Berlin, capital da Alemanha. Foi lá onde surgiram as primeiras oportunidades esportivas de Yusra após sua fuga da Síria.

Yusra Martini em discurso na ONU em defesa dos refugiados — Foto: Divulgação/ACNUR 4 de 4 Yusra Martini em discurso na ONU em defesa dos refugiados — Foto: Divulgação/ACNUR

Yusra Martini em discurso na ONU em defesa dos refugiados — Foto: Divulgação/ACNUR

Um tradutor egípcio que auxiliava o campo para refugiados onde Yusra e Sara estavam instaladas recomendou o Wasserfreunde Spandau 04, um clube de natação antigo da capital. Ao chegar na academia, conheceram o treinador alemão Sven Spannekrebs, que reconheceu o potencial da jovem síria para o esporte. Em entrevista ao jornal The Guardian na época, Sven relatou que a nadadora era bastante esforçada e tinha "um nível de organização muito alemão."

Com os incentivos do novo treinador para participar das Olimpíadas do Rio como integrante da equipe de refugiados, Yusra e sua irmã vieram ao Brasil para competir nos 100 metros livre e o 100 metros borboleta. Foi nesta última modalidade que a atleta síria venceu sua primeira competição nas Olimpíadas e atraiu as atenções da sua vitória para a defesa dos direitos humanos dos refugiados em todo o mundo. Atualmente, a nadadora mora na Alemanha com a irmã e o restante da família.

Repercussão da crítica

As Nadadoras obteve notas satisfatórias na imprensa. No site IMDb, o longa obteve nota de 7,2, em votação de 732 usuários. No Metacritic, os 14 reviews da critica (sete positivas, outras sete medianas) garantiram à obra o metascore 63, baseado em reviews de portais como The Telegraph, RogerEbert.com e The New York Times. Já no site Rotten Tomatoes, foram catalogados 40 reviews (30 "frescas", outras 10 "podres"), que deram ao filme uma avaliação positiva de 75% entre a crítica. Já entre a audiência, o índice ficou em 85%.

Elenco e equipe técnica

Para ilustrar a trajetória das irmãs, foram escaladas as atrizes franco-libanesas Nathalie (como Yusra Mardini) e Manal Issa (como Sara Mardini). As Nadadoras é o primeiro papel de destaque de Nathalie, que antes havia feito uma ponta no drama Meu Tecido Preferido (2018), mesmo filme onde atuou sua irmã, Manal. A irmã da protagonista tem em seu currículo papéis nas produções Destemida (2015) e Memory Box (2021), ambos feitos na França.

Além das irmãs protagonistas, integram o elenco Matthias Schweighöfer (Army of the Dead: Invasão em Las Vegas), Ali Suliman (Jack Ryan), Ahmed Malek (Clash), James Krishna Floyd (Meu Irmão, o Diabo), Nahel Tzegai (2019 - presente), entre outros. A direção é da cineasta galesa-egípcia Sally El Hosaini, premiada nos festivais de Sundance, BFI London Film Festival Awards e Berlin International Film Festival pelo drama Meu Irmão, o Diabo (2012). A diretora assina o roteiro junto com Jack Thorne, um dos roteiristas de Extraordinário (2017).

Confira o trailer de As Nadadoras

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