Anatel quer popularizar banda larga de 1 giga até 2027
A Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) divulgou o Plano Estratégico do órgão para o período entre 2023 e 2027. Uma das metas mais ambiciosas da entidade é o aumento da velocidade média contratada na banda larga fixa de 186,3 Mb/s (megas) para 1 Gb/s (giga) até 2027. De acordo com o órgão, “maiores velocidades de conexão poderão permitir a universalização da educação através do ensino a distância”. Para alcançar esse objetivo, a Anatel traçou algumas estratégias, como apoio ao desenvolvimento de infraestrutura no país.
Outro desejo ambicioso da agência é levar o 5G SA (conhecido como 5G “puro”) para metade da população até 2027. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país deve alcançar cerca de 221 milhões de habitantes até lá. Ou seja, para que a meta seja cumprida, a nova conexão deverá estar acessível para mais de 110 milhões de pessoas. Vale lembrar que o 5G SA já começou a chegar nas capitais.
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Sede da Agência Nacional de Telecomunicações — Foto: Divulgação/Anatel
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Rede de 1 giga está do outro lado de um abismo
O objetivo da Anatel não é algo simples para um período curto de tempo. Existe um abismo entre o 1 giga pretendido até 2027 e a média atual da velocidade – que é de 240 megas. O próprio planejamento da agência menciona as dificuldades que o Brasil enfrentará. “Nos eixos econômico, infraestrutura e social estão elencados os principais desafios relacionados à conectividade”, afirma o órgão.
Vale mencionar a necessidade da presença de fibra óptica de qualidade nas cidades para que a média de 1 giga se torne realidade. Acontece que esse tipo de infraestrutura ainda é limitda a uma pequena parcela da população. Os indicadores de desempenho dos três estados com maiores velocidades médias de download do país provam isso: Roraima, Piauí e Amazonas alcançam 369 megas, 315 megas e 306 megas, respectivamente.
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Anatel quer internet 5G para metade da população e banda larga com 1 Gb/s — Foto: TechTudo
Alto preço
Para melhorar os indicadores, o órgão pretende fomentar o desenvolvimento e expansão da infraestrutura, “com foco no ganho de competitividade”. Isso inclui o apoio a programas que tratem de comunicação por satélite e redes móveis 5G. Já na parte social, o documento não explicita de forma clara as estratégias traçadas para a superação desse desafio. O material admite a necessidade do Brasil “reduzir a proporção da população abaixo da linha de pobreza e as desigualdades sociais".
Além da baixa disponibilidade de fibra ótica que suporte a velocidade média pretendida pela Anatel, os preços atuais fazem parte das limitações existentes. Uma rápida pesquisa mostra que a mensalidade dos planos residenciais de internet banda larga de 1 giga podem custar R$ 499.
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