Como era o primeiro iPhone? Relembre recursos do aparelho da Apple
O primeiro iPhone chegou ao mercado em 2007 com a promessa de ser um aparelho “revolucionário”, como sugeriu Steve Jobs em sua apresentação. Como prometido, o modelo popularizou a tela sensível ao toque e emplacou tendências no ramo de celulares. Mesmo com uma das maiores telas do mercado, ele contava com singelas 3,5 polegadas, bem menor em comparação com as 6,7 polegadas do atual iPhone 14 Pro Max. A popularidade do primogênito se consolidou após a empresa alcançar a marca de 1 milhão de dispositivos vendidos após dois meses.
O telefone – que chegou por cerca de US$ 499 (R$ 2.589) e completou 15 anos em 2022 – já tem mais de 30 modelos anunciados em sua linha de sucessão. Apesar do sucesso, o primeiro deles dividiu opiniões de consumidores e do mercado em um primeiro momento. Confira, nas linhas a seguir, os detalhes do lançamento e os principais recursos do iPhone 2G.
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2 de 7 iPhone 2G chegou ao mercado meses após seu lançamento — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudoiPhone 2G chegou ao mercado meses após seu lançamento — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo
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O lançamento
"De vez em quando surge um produto revolucionário que muda tudo." Foi com essa frase que Steve Jobs deu início à apresentação do primeiro iPhone, no dia 9 de janeiro de 2007. Neste dia, a feira Macworld reuniu em São Francisco, nos EUA, imprensa, profissionais e entusiastas da tecnologia.
Um dos primeiros telefones a emplacar a tendência de telas sensíveis ao toque, o iPhone 2G surgiu com um design totalmente inovador. Nas palavras de Jobs, o dispositivo era "um iPod, um telefone e um comunicador de internet", tudo em um só lugar. A novidade deu início à era dos computadores de bolso, que conferia mais autonomia e mobilidade aos usuários.
Ele rompeu com a lógica de teclados físicos e ampliou possibilidades que abriram portas para que as concorrentes lançassem outras tendências para competir com o aparelho. A trajetória antes do lançamento inclui alguns testes. Inclusive, a ideia de telas touchscreens era considerada pela empresa da maçã desde 2005. Antes do iPhone, a fabricante experimentou incluir o iTunes no Motorola ROKR, mas não obteve o sucesso esperado. A partir de então, Jobs se empenhou em criar um aparelho próprio.
3 de 7 Steve Jobs lançando o iPhone em 2007 — Foto: Reprodução/Obama PackmanSteve Jobs lançando o iPhone em 2007 — Foto: Reprodução/Obama Packman
Design do iPhone 2G
O lançamento de 2007 inaugurou a tendência das telonas, mesmo com singelas 3,5 polegadas. Mas agora, em vez de dividir espaço com teclados físicos, a estrutura do celular tinha todo o espaço frontal para acomodar o painel. Na época, o tamanho do telefone era calculado em 8,89 centímetros, proporção que teve um salto de quase o dobro, se comparada com o atual iPhone 14, com cerca de 15,5 centímetros.
O lançamento seguinte ao iPhone 2G ainda não registrou um aumento significativo no display. A Apple só adotou proporções maiores a partir de 2012 e conseguiu um upgrade efetivo em 2014 com o anúncio do iPhone 6 Plus, que inaugurou a tela de 5,5 polegadas entre aparelhos da maçã. Neste quesito, a Samsung e LG levavam vantagem, visto que seus smartphones chegaram à casa das 5 polegadas bem antes.
4 de 7 iPhone original ou iPhone 2G inaugurou a tela multitoque — Foto: Divulgação/AppleiPhone original ou iPhone 2G inaugurou a tela multitoque — Foto: Divulgação/Apple
Em termos de resolução, os números do primogênito mencionavam 320x480 pixels. Para fins de comparação, vale dizer que, hoje, as telas dos smartphones da gigante de Cupertino entregam por volta de 2532 x 1170 pixels.
Especificações da câmera
Para não deixar de garantir cliques, a Apple garantiu uma câmera única de 2 MP para os usuários. Sem muitos recursos, o sensor único conseguia fazer registros simples com sua abertura focal de f/2.8. Não havia possibilidade de fazer vídeos, tampouco de tirar selfies com uma lente frontal.
Alguns modelos do mercado já ofereciam opções mais competitivas neste aspecto, como é o caso do Nokia N95. Ele contava com uma câmera de 5 MP e ampliava possibilidades no campo dos registros, pois garantia também uma câmera frontal de 0,08 MP.
5 de 7 Celular continha um sensor traseiro de 2 MP — Foto: TechTudoCelular continha um sensor traseiro de 2 MP — Foto: TechTudo
Ficha técnica
A ficha técnica do número 1 da Apple contemplava armazenamentos variáveis de 4 GB, 8 GB e 16 GB. O processador ARM 11, por sua vez, era um componente de um núcleo com 412 MHz. Para alimentar o telefone, a empresa garantiu uma bateria de 1.400 mAh, que prometia 250 horas em stand by, 24 horas de reprodução de música e oito horas de ligações.
Naturalmente, o início trouxe poucos recursos em comparação aos telefones atuais. Sem serviço de streaming ou apps de terceiros, o sistema operacional rodava aplicações próprias e oferecia música via iTunes para aqueles que podiam pagar por elas. Até 2010, o iOS, software exclusivo da Apple, não era chamado dessa forma. Assim, o sistema usado no pioneiro da maçã levava o nome de iPhone OS 1. O celular recebeu atualizações até o iOS 3.1.3
Apesar de ter começado bastante diferente, logo no ano seguinte, em 2008, a App Store passou a integrar os telefones e deu a possibilidade de baixar apps mais variados e fora do escopo da Apple.
6 de 7 iPhone 2G: armazenamento de até 16 GB — Foto: Reprodução/Whited00riPhone 2G: armazenamento de até 16 GB — Foto: Reprodução/Whited00r
A Apple passou a ampliar possibilidades, mas sempre com um toque de particularidade, principalmente por ter hardware e software próprios. Quanto aos outros recursos presentes no arranjo, é possível mencionar o Bluetooth 2.0 e entrada para fones de ouvido.
Repercussão no mercado
Até 2007, o mercado era dominado, sobretudo, pela Nokia e RIM, responsável pelos aparelhos BlackBerry. Quando Steve Jobs anunciou seu primogênito no ramo , muitas fabricantes estremeceram. O anúncio do iPhone 2G dividiu o público entre críticos e adeptos. À época, o evento serviu para criar um movimento intenso no setor.
O então CEO da Microsoft, Steve Ballmer, foi um dos que questionaram o sucesso do telefone da maçã. Em entrevista ao jornal , o empresário declarou: "não há chance de o iPhone obter qualquer participação de mercado significativa". A crítica se devia ao fato de que a empresa restringiu o sistema operacional apenas aos próprios aparelhos.
Contudo, em 2016, Ballmer voltou atrás de sua colocação. Em conversa com a Bloomberg, ele não só afirmou que estava errado, como também admitiu que a Microsoft protelou o ingresso no segmento de dispositivos móveis.
Outros nomes, como gestores da Research in Motion (RIM), admitiram a qualidade do que estava em apresentação, mas não enxergaram o lançamento como uma ameaça aos seus negócios. A imprensa e a população em geral também se dividiram entre desaprovadores e admiradores.
7 de 7 Steve Jobs falou sobre os smartphones da época no lançamento do primeiro iPhone — Foto: Divulgação/AppleSteve Jobs falou sobre os smartphones da época no lançamento do primeiro iPhone — Foto: Divulgação/Apple
Sucesso de vendas
O telefone foi anunciado por cerca de US$ 499 – no câmbio de hoje, o valor é equivalente a R$ 2.589. A novidade, no entanto, não desembarcou no Brasil. O comércio brasileiro só teve acesso aos aparelhos da maçã a partir de 2008, quando foi a vez do iPhone 3G figurar entre os destaques daquele ano.
Apesar de ter sido anunciado no começo de 2007, o iPhone original só foi disponibilizado aos consumidores meses mais tarde, em junho. Na época, consumidores entusiasmados com a possibilidade de comprar a novidade chegaram a acampar nas filas de espera para adquirir o recém-lançado produto de Steve Jobs.
Confira o lançamento do iPhone 14
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