Seis maus hábitos de segurança que você deve abandonar agora
Alguns hábitos comuns podem colocar a segurança digital dos usuários em risco. Utilizar a mesma senha em várias contas e não verificar a URL de um site antes de clicar, por exemplo, são práticas que os internautas devem abandonar agora se não quiserem ter dores de cabeça como invasão de contas e roubo de dados pessoais. Segundo a empresa Transunion, houve um aumento de 20% na ocorrência de tentativas de fraudes digitais no segundo trimestre de 2022, comparado ao mesmo período em 2023. Os números reforçam a importância de atentar cada vez mais para a segurança online. Pensando em te ajudar a se manter seguro na Internet, o 💥️TechTudo preparou uma lista com seis hábitos que você deve abandonar agora.
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Reutilizar senhas é uma prática que põe as suas contas online em risco — Foto: Getty Images
Reutilizar senhas é uma prática que põe as suas contas online em risco — Foto: Getty Images
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1. Reciclar senhas
Muitos usuários costumam usar a mesma senha em várias contas online para não correr o risco de esquecer os códigos. Apesar de prática, a atitude não é recomendada: reaproveitar senhas fragiliza a segurança digital, já que, caso um invasor consiga quebrar uma das palavras-chave, poderá inseri-la em outras contas e conseguir acesso a mais de um serviço.
Para manter contas de redes sociais, aplicativos bancários e serviços de e-mail seguras, o recomendado é utilizar um gerenciador de senhas. Assim, você não precisa mais se preocupar em memorizar várias palavras-chave, apenas a que dá acesso ao cofre virtual. Além de protegerem os códigos com criptografia, alguns serviços também costumam oferecer geradores de senhas fortes. Para criar um código resistente, empresas especializadas em segurança digital recomendam o uso de no mínimo 12 caracteres, além de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos especiais.
2. Não conferir a URL do site antes de clicar
Clicar em um link antes de examiná-lo com cuidado é um dos principais erros cometidos pelas pessoas quando o assunto é segurança digital. Isso porque é comum que criminosos criem versões falsas de sites legítimos para aplicar golpes de phishing, com o objetivo de fazer a vítima entregar dados pessoais e financeiros.
Como os golpistas conseguem replicar o layout do site, mas não o endereço por completo, eles costumam construir um domínio bastante parecido com o original, duplicando ou trocando algumas letras ("amazoN.com.br" por "amazoM.com.br", por exemplo). Daí a importância de verificar a URL com atenção antes de clicar no link ou efetuar qualquer ação na página.
2 de 6 É preciso ter atenção redobrada ao clicar em links da Internet — Foto: Kaitlyn Baker/UnsplashÉ preciso ter atenção redobrada ao clicar em links da Internet — Foto: Kaitlyn Baker/Unsplash
Outra dica para não cair em sites falsos é verificar a idade do domínio usando o Whois (https://registro.br/tecnologia/ferramentas/whois/), ferramenta que informa a data de criação e os dados de registro de um site. Se a página for muito recente, é importante desconfiar. Por fim, vale conferir se a página possui o cadeado HTTPS do lado esquerdo da URL. O símbolo atesta que a troca de informações entre seu dispositivo e o servidor em que o site está hospedado é criptografada.
3. Não atualizar o sistema operacional do PC
Atualizar o sistema operacional regularmente garante que as vulnerabilidades de segurança conhecidas e já detectadas sejam corrigidas, mantendo o computador seguro. Além disso, a atualização é importante para otimizar o desempenho da máquina.
3 de 6 Tela para verificar a existência de novas atualizações para o Windows — Foto: Reprodução/Gabriel PereiraTela para verificar a existência de novas atualizações para o Windows — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira
Segundo dados do relatório ESET Security Report, da empresa de segurança da informação ESET, as três vulnerabilidades mais comuns detectadas no Windows no segundo semestre de 2022 são falhas descobertas há mais de cinco anos. As informações evidenciam que o hábito de não atualizar o sistema é comum entre os usuários. A vulnerabilidade mais antiga detectada pela empresa data de 2010, e os criminosos continuam utilizando a brecha para invadir sistemas.
4. Baixar APKs de fontes desconhecidas
APKs (sigla para "Android Application Pack", ou "Pacote de Aplicações do Android", em português) são aplicações para celulares Android que podem ser baixadas fora da Google Play Store. Em geral, usuários com o sistema desatualizado fazem o download desse tipo de arquivo porque não querem abrir mão de aplicativos que deixaram de ser compatíveis com a sua versão do sistema. Além disso, muitas pessoas também são atraídas pelos MODs, versões modificadas de apps oficiais que prometem fornecer recursos extras ou funções pagas de forma gratuita – mas ilegal.
Apesar de oferecer certas vantagens, o download de APKs por meio de fontes desconhecidas também expõe o usuário a perigos. Isso porque, para instalar os APKs, é preciso desativar a configuração de segurança que acompanha o celular e permitir a instalação de apps desconhecidos, tornando o sistema mais vulnerável. Vale lembrar que, como as aplicações não estão hospedadas na Play Store, elas não passaram pelas verificações de segurança da loja, e não é possível atestar que são seguras.
4 de 6 É preciso desativar as proteções do Android para instalar apps em formato APK — Foto: Paulo Alves/TechTudoÉ preciso desativar as proteções do Android para instalar apps em formato APK — Foto: Paulo Alves/TechTudo
Para manter seu celular seguro, baixe aplicativos apenas em lojas oficiais, como Google Play Store e App Store, ou em sites já conhecidos pelo público, como a Steam. Além disso, é recomendado fazer uma pesquisa no Google para verificar se há relatos de usuários sobre malwares associados à plataforma escolhida.
5. Usar Wi-Fi público para fazer compras ou login em sites
As redes Wi-Fi públicas são mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Aproveitando-se dessas brechas, invasores podem interceptar informações confidenciais, como senhas e dados bancários. Embora muitas pessoas apostem no uso de Wi-Fi público como forma de economizar o pacote de dados, o risco de segurança que acompanha esse hábito deve ser levado em consideração.
5 de 6 Redes Wi-Fi públicas são mais vulneráveis à ação de hackers — Foto: Rafael Leite/TechTudoRedes Wi-Fi públicas são mais vulneráveis à ação de hackers — Foto: Rafael Leite/TechTudo
Evite o uso de redes públicas ao lidar com dados sensíveis, como fazer login em aplicativos de bancos ou compras em lojas virtuais. Se possível, utilize a Internet fornecida pelo seu pacote de dados para realizar essas operações. Caso você esteja sem conexão móvel, verifique se a rede Wi-Fi pública disponível é oficial e utilize uma rede VPN para mascarar sua conexão.
6. Expor-se excessivamente nas redes sociais
Além de solicitarem dados pessoais sensíveis, como nome e data de nascimento, para criar o perfil do usuário, as redes sociais também têm recursos altamente expositivos. Exemplos são o compartilhamento de localização e a marcação de fotos. Além disso, plataformas como Instagram e Facebook convidam a pessoa a expor seu dia a dia o tempo todo, e ainda permitem saber qual o seu círculo de amizades e os locais que você frequenta, informações que podem ser aproveitadas por criminosos para aplicar golpes de engenharia social.
6 de 6 Alta exposição em redes sociais como Instagram pode ser perigosa — Foto: Nicolly Vimercate/TechTudoAlta exposição em redes sociais como Instagram pode ser perigosa — Foto: Nicolly Vimercate/TechTudo
Para contornar esse problema, as próprias plataformas oferecem recursos para aumentar a privacidade dos usuários. É possível trancar o perfil, restringir quem pode ou não ver suas publicações, bloquear contatos suspeitos e esconder suas informações para pessoas que não fazem parte do seu círculo de amizades. Além de fazer esses ajustes, lembre-se também de evitar o compartilhamento de informações que possam fornecer pistas a respeito da sua vida, como local de residência e trabalho.
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