Enedina Alves: Google homenageia a primeira engenheira negra do Brasil

O Doodle do Google desta sexta-feira (13) homenageia Enedina Alves Marques, a primeira mulher a concluir o curso de engenharia no estado do Paraná. Nascida em Curitiba em 1913 e formada em 1945 pela Universidade Federal do Paraná, tornou-se a primeira engenheira negra do Brasil. A ilustração exibida na página inicial do buscador mostra a curitibana em frente a uma usina hidrelétrica, que simboliza uma das grandes obras com as quais contribuiu em sua carreira como engenheira. A queda de água da represa, na imagem, forma a letra L da palavra "Google".

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O Doodle de Enedina Alves pode ser visualizado na interface inicial do buscador em celulares e computadores que acessam a versão brasileira do site. Caso clique na figura, o internauta é direcionado à página de resultados sobre a vida e obras da engenheira.

Doodle do Google desta sexta-feira (13) homenageia Enedina Alves, a primeira engenheira negra do Brasil — Foto: Divulgação/Google 1 de 1 Doodle do Google desta sexta-feira (13) homenageia Enedina Alves, a primeira engenheira negra do Brasil — Foto: Divulgação/Google

Doodle do Google desta sexta-feira (13) homenageia Enedina Alves, a primeira engenheira negra do Brasil — Foto: Divulgação/Google

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Quem foi Enedina Alves Marques?

Enedina Alves Marques nasceu em 13 de janeiro de 1913 em Curitiba, estado do Paraná. Filha de empregada doméstica, trabalhou como babá — e também na mesma profissão que a mãe — para conseguir se manter nos estudos enquanto cursava o ensino médio. Tornou-se professora após se formar, ofício que exerceu até ingressar na Universidade Federal do Paraná, em 1940, para estudar engenharia.

Em 1945, Alves Marques se formou ao lado de 32 alunos do sexo masculino, tornando-se a primeira mulher a concluir o curso de engenharia no estado do Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Por ser mulher e negra, a curitibana foi desprezada e subestimada por professores e colegas em sua graduação.

Depois de concluir o curso, Enedina Alves Marques trabalhou como auxiliar de engenharia na Secretaria Estadual de Transportes e Obras Públicas. Pouco tempo depois, foi transferida para a Secretaria Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná, instituição na qual contribuiu com projetos de grande porte. Entre eles, estão o levantamento topográfico e a construção da maior hidrelétrica subterrânea, a Usina Capivari-Cachoeira, e o desenvolvimento da Usina Hidrelétrica do Paraná.

Alves Marques faleceu em 1981, aos 68 anos, vítima de um infarto. Como homenagem, seu nome está inscrito, junto a outras 53 mulheres pioneiras, no Memorial à Mulher do estado do Paraná. Desde 2006, o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques opera combatendo a violência e preconceitos contra mulheres negras — podendo ser encontrado como @instenedinaalvesmarques no Instagram.

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