Nova função de câmera pode ser o fim das temidas fotos borradas

O usuário segura o celular com firmeza, tira a foto e depois percebe que ela ficou tremida. Já aconteceu contigo? Este é o drama de muitas pessoas que acabam perdendo registros únicos. Para ajudar na questão, a Qualcomm anunciou parceria com uma fabricante francesa de chips de câmera Phophesee. A ideia é desenvolver um sensor fotográfico que funcione de maneira similar ao olho humano.

De acordo com a marca, o que diferencia esse chip dos demais disponíveis hoje no mercado é que o componente só fará o processamento de mudanças específicas de luz e movimento na cena. Com isso, a velocidade de captura é aumentada, ao passo que a exigência do poder de computação do processador principal é reduzida.

A ideia é que o resultado da colaboração seja aplicado em celulares premium com os processadores Snapdragon. O contrato assinado prevê a otimização dos chamados “sensores e software de metavisão neuromórficos baseados em eventos" da Prophesee.

🔎 Celulares poderão criar imagens por inteligência artificial em segundos

Luca Verre, co-fundador e CEO da empresa de chips de visão Prophesee, mostra o mais recente chip inspirado para trabalhar a maneira como o olho humano processa a visão — Foto: Reprodução/Prophesee 2 de 2 Luca Verre, co-fundador e CEO da empresa de chips de visão Prophesee, mostra o mais recente chip inspirado para trabalhar a maneira como o olho humano processa a visão — Foto: Reprodução/Prophesee

Luca Verre, co-fundador e CEO da empresa de chips de visão Prophesee, mostra o mais recente chip inspirado para trabalhar a maneira como o olho humano processa a visão — Foto: Reprodução/Prophesee

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Como funciona o sensor?

O objetivo da tecnologia é que o usuário possa usar o smartphone para capturar fotos nítidas e sem desfoque de cenas em atividade rápida, mesmo que o ambiente esteja pouco iluminado. Um dos exemplos demonstrados pela Prophesee mostra o sensor Metavision em ação ao fotografar um homem jogando tênis. Mesmo com o movimento veloz da raquete, a foto produzida não fica borrada.

De acordo com a startup francesa, cada pixel de um sensor Metavision possui um “núcleo lógico” para permitir monitoramento constante apenas das mudanças na cena. Isso significa que os pixels no sensor só enviam informações para o processador quando há uma mudança de luz e movimento numa cena, enquanto o restante permanece “inalterado”. Já uma câmera convencional de smartphone recaptura os dados de todo o sensor de imagem várias vezes num segundo.

De acordo com a Phophesee, os primeiros kits prévios devem estar disponíveis para os fabricantes de smartphones ainda em 2023. No entanto, ainda não há previsão de quando um dispositivo com a tecnologia de “visão baseada em eventos” será lançado de forma oficial no mercado. Segundo a Qualcomm, a fabricação do chip será terceirizada para a Sony.

Veja abaixo o vídeo com a demonstração da tecnologia

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