Em menos de seis meses a velocidade de carregamento das baterias dos smartphones mais que duplicou - Equipamentos Tek

A Xiaomi estabeleceu um novo máximo de velocidade de carregamento a 300 W, batendo a Realme, mas no verão de 2022 os recordes eram batidos com sistemas de 120 W. Em menos de seis meses a velocidade de carregamento das baterias dos smartphones mais que duplicou Pexels | Tyler Lastovich

Em setembro do ano passado, as fabricantes de smartphones mantinham o “despique” acerca dos carregadores mais rápidos a chegar ao mercado. 💥️Registou-se como um carregador de 120 W era capaz de carregar uma bateria de 4.000 mAh dos 0 a 100% em cerca de 18 minutos, com o Vivo iQOO 7, o mais rápido até então. Fabricantes como a Xiaomi e Oppo parecem travar um braço de ferro nas tecnologias de velocidade de carregamento, utilizando as suas submarcas Redmi e Realme, respetivamente, como “cobaias” de experiência.

Faz exatamente dois meses que o Realme GT Neo5 foi revelado, com capacidade de carregamento de 240 W. A sua bateria de 4.600 mAh era capaz de chegar aos 100% em menos de 10 minutos. O 💥️smartphone foi um dos primeiros a utilizar a tecnologia SuperVOOC 240W apresentado exatamente no Mobile World Congress de 2022. A tecnologia é gerida pelo sistema Battery Health Engine (BHE) da Oppo, que promete o dobro da duração de vida das baterias, e que já estava disponível no Find X5.

Do 💥️lado da Xiaomi, o último registo de avanço tinha sido o Redmi Note 12 Discovery Edition, lançado em outubro, capaz de carregamentos de 210 W HyperCharge. Isso traduzia-se em carregamentos de 9 minutos para uma bateria de 4.300 mAh. O segredo foi otimizar a dissipação do calor, distribuindo-o pelos três chips, para maximizar a entrada de energia.

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Este foi o Mobile World Congress da Xiaomi, com a fabricante a apresentar a sua nova tecnologia de carregamento a 300 W. A 💥️fabricante chinesa voltou a colocar o mesmo modelo Redmi Note 12 no “estirador” e procedeu a algumas otimizações do carregador HiperCharge, sendo o resultado o ganho de mais 90 W. É um grande salto tecnológico que a fabricante explica que ao reduzir um pouco mais a bateria, para 4.100 mAh, conseguiu também otimizar ainda mais o seu design modelar e capacidade de dissipação de calor para não sobreaquecer.

💥️Pela frente ainda é necessário resolver questões como a estabilidade e apesar de ser apresentado como carregador de 300 W, o máximo que conseguiu chegar, no vídeo partilhado, foi aos 290 W. E isto num ambiente obviamente controlado, de laboratório. Ainda assim, os cinco minutos alcançados é surpreendente, o tempo que se leva a tomar um café. Não se sabe por isso quando ou que smartphone vai estrear a tecnologia.

A fabricante explicou que trocou as baterias 10C da versão Discovery Edition, por umas mais poderosas de lítio 15C. Estas utilizam novos materiais em carbono no lugar de alguns em grafite, além de ter reduzido a espessura dos elétrodos em 35%. 💥️Há uma nova fórmula de eletrólito capaz de gerar mais densidade de alimentação, com cargas mais rápidas, reduzindo o calor gerado no processo. Essas células da bateria foram ensanduichadas com materiais térmicos para otimizar a dissipação de calor, ao mesmo tempo que faz melhor uso do espaço interno.

Há também um fator a ter em conta, à medida que as fabricantes vão escalando as velocidades de carregamento. Que cabos vão ser utilizados para fazer o carregamento? Quando o ysoke TEK fez um ponto de situação dos sistemas de carregamento no ano passado, deu nota que segundo dados do USB Implementers Forum, as 💥️especificações do USB 3.1, reveladas em 2023, suportam até 240 W de energia através do cabo USB-C.

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Ou seja, o realme GT Neo5, “esticava a corda” daquilo que dizem as especificações do fórum de implementação com os seus 240 W. E antes da mais recente implementação, o sistema suportava até 100 W. 💥️As fabricantes teriam de atualizar os seus cabos para suportar os 240 W, permitindo ainda carregar equipamentos como portáteis de gaming, workstations e mesmo monitores.

No caso dos 300 W apresentados pela Xiaomi, 💥️ou há novas implementações para atualizar as especificações standard do USB-C ou a fabricante chinesa poderá ter de apresentar um novo cabo que comporte a sua nova tecnologia. Ainda deverá ser cedo para que este novo círculo tecnológico passe da prototipagem para produto final. Mas o “disparo” está dado.

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