Cresce o uso de anabolizantes para fins estéticos; entenda os riscos
Cresce o uso de anabolizantes para fins estéticos; entenda os riscos — Foto: Pexels
Ao contrário das pesquisas que abordam o aumento de procedimentos de beleza, ainda são escassos os estudos que mostram o crescente uso indevido de anabolizantes para fins estéticos.
Mas a situação se tornou tão preocupante, que levou várias sociedades científicas brasileiras a escreverem um carta pedindo veemência ao Conselho Federal de Medicina, destacando que especialistas de várias áreas "estão vivenciando, no seu cotidiano, um número crescente de complicações advindas do uso indevido de hormônios".
No documento, publicado na última sexta-feira, 24/3, órgãos como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) pedem, com urgência, uma regulamentação quanto ao uso do medicamento.
2 de 4 Especialista explica os riscos de usar anabolizante sem acompanhamento médico — Foto: Pexels
Especialista explica os riscos de usar anabolizante sem acompanhamento médico — Foto: Pexels
Para entender essa lista de 💥️consequências graves para a saúde, a ginecologista Dra. Taís Calomeny começa explicando que os anabolizantes possuem doses de testosterona muito acima da fisiológica.
💥️No caso das mulheres, os efeitos colaterais podem ficar ainda mais nítidos dependendo da via de administração do medicamento e do tipo de testosterona utilizada, isso porque o nível de estrogênio, essencial para o funcionamento do organismo, sofre uma queda considerável.
Diante de tantos riscos, o que leva parte da população a usar o anabolizante? Segundo a médica, o hormônio melhora o ganho de massa muscular, o que gera uma falsa sensação de que o medicamento ajuda a emagrecer. Mas não se engane: "A testosterona e outros hormônios androgênios oferecem essa praticidade de ganhar músculo com mais facilidade", esclarece.
A dra. Taís defende que o uso do hormônio com acompanhamento médico pode trazer bons resultados, mas ressalta os riscos no caso uso indiscriminado. Ela cita dois exemplos:
3 de 4 O antes e depois do fisiculturista Artur Buarque, conhecido como Galeroso — Foto: Reprodução/Instagram
O antes e depois do fisiculturista Artur Buarque, conhecido como Galeroso — Foto: Reprodução/Instagram
O fisiculturista Artur Buarque, mais conhecido como Galeroso, superou a obesidade e se tornou fisiculturista em um ano. Apesar de admitir o uso de anabolizantes, ele também condena seu uso indiscriminado, deixa claro que faz acompanhamento médico e diz que o "anabolizante se torna muito atraente dentro do fisiculturismo porque diminui as fadigas musculares".
4 de 4 O antes e depois do fisiculturista Artur Buarque, mais conhecido como 'Galeroso' — Foto: Reprodução/Instagram
O antes e depois do fisiculturista Artur Buarque, mais conhecido como 'Galeroso' — Foto: Reprodução/Instagram
A carta reforça que estas práticas se distanciam do que é ministrado em programas de residência e de pós-graduações e que, portanto, não possuem reconhecimento médico.
O documento aponta, ainda, que estes anúncios na internet oferecem altos rendimentos e fazem um "verdadeiro comércio de cursos intensivos de prescrição de hormônios", tendo como público-alvo médicos recém-formados. A comunidade médica também defende que o sentimento de impunidade é um incentivo para quem estes profissionais continuem praticando estas "estratégias medicamentosas".
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