Tina, do BBB 23, mergulha no Afrofuturismo e fala da importância de suas perucas
Cruzar o oceano Atlântico para viver em uma realidade completamente diferente da sua, e longe da família, pode ser assustador. Mas medo não parece ser uma palavra que aparece muito no vocabulário da ex-participante do BBB 23 💥️Tina Calamba💥️ — nem no dialeto angolano e, tampouco, na língua portuguesa, que aprendeu com extrema dedicação.
Com pouco mais de 20 anos, ela deixou a família em Benguela, na Angola, para morar em São Paulo com o então marido e as duas filhas. Agora, pós-BBB 23, ela conversa com o gshow sobre a fama conquistada no , seus planos de carreira, a rotina como mãe solo, abre o jogo sobre os contatinhos e ainda rebate polêmicas: tudo isso em um ensaio que resgata suas origens e levanta o debate sobre 💥️Afrofuturismo.
1 de 8 Tina, do BBB 23, mergulha no Afrofuturismo e fala da importância de suas perucas — Foto: GLIN+MIRA/gshowTina, do BBB 23, mergulha no Afrofuturismo e fala da importância de suas perucas — Foto: GLIN+MIRA/gshow
O termo pode soar complicado, mas ele já foi tema central de grandes obras, como a franquia "Pantera Negra" no cinema, o livro de ficção científica "Kindred: Laços de Sangue", de Octavia Butler, o álbum "Black is King", de Beyoncé, e a música "Cérebro eletrônico", composição visionária de Gilberto Gil.
O músico e filósofo norte-americano Herman Poople Blount, vulgo Sun Ra, foi pioneiro na arte de mesclar o universo da ficção científica com uma abordagem afrocêntrica, ou seja, um mundo em que negros não sofrem racismo ou qualquer tipo de opressão. Uma crítica clara à violenta realidade.
2 de 8 Tina, do BBB 23, fala de ancestralidade e a carreia pós-reality — Foto: GLIN+MIRA/gshowTina, do BBB 23, fala de ancestralidade e a carreia pós-reality — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Mas, antes de olhar para o futuro, ela defende é que preciso fazer uma viagem ao passado e nunca deixar que antigos conhecimentos se percam nas próximas gerações, como tem acontecido com os dialetos de seu país.
E, falando sobre suas raízes, muita gente pode ter criticado Tina por estar perdendo o sotaque, mas isso está longe de incomodá-la. Para ela, o fato de falar de um jeitinho brasileiro sempre foi uma questão de sobrevivência.
3 de 8 Tina fala sobre a importância de debater pautas como afrofuturismo sem perder as raízes — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Tina fala sobre a importância de debater pautas como afrofuturismo sem perder as raízes — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Pelo contrário, a Angola nunca deixou de estar presente no seu dia a dia e é assunto, também, entre as filhas, com quem dança, e inventam até com músicas do país de origem.
Mas falar das crianças ainda é delicado para a ex-BBB, que se viu dividida entre realizar um sonho e se ausentar durante uma data importante, o aniversário da filha mais velha. Neste período, Tina ainda estava confinada no e, com a voz trêmula, lamentou ter perdido a festa.
4 de 8 Mãe solo, Tina se emociona ao contar que perdeu o aniversário da filha por conta do BBB: "Tem o momento em que gente vai precisar abrir mão de certas coisas importantíssimas” — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Mãe solo, Tina se emociona ao contar que perdeu o aniversário da filha por conta do BBB: "Tem o momento em que gente vai precisar abrir mão de certas coisas importantíssimas” — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Mãe famosa, notebook e uma festa de aniversário: estas foram as condições para que a primogênita desse o aval para a “viagem a trabalho” da mãe. Com a missão cumprida, Tina fala da mudança brusca na rotina com as meninas, mas que estão lidando bem com as novidades.
“Ame dasakidila”, diz Tina, no seu dialeto, sobre “estar muito grata” por este momento de vida. Ela mostra que está colhendo os primeiros frutos pela participação no. Formada em jornalismo, agora ela pretende investir sério em outro grande sonho: ser apresentadora de TV.
5 de 8 Tina Calamba — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Tina Calamba — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Mesmo antes de saber que entraria no BBB 23, a Miss Benguela conta que já estava “fazendo a base da cama”, criando conteúdo nas suas redes e se conectando com as pessoas para, no futuro, “ver se rolam projetos grandes”.
Mesmo focada na carreira profissional e na maternidade, Tina não se fecha para os contatinhos que possam interessá-la. E, fazendo um certo mistério, revela que sua caixa de mensagens está cheia deles!
Não é apenas sobre relacionamentos que Tina fala com maturidade, nas questões financeiras também. Quando soube que entraria para o , decidiu que queria usar bafônicos e exclusivos: “Gosto de chegar no poder, bem rainha, bem maravilhosa!”
6 de 8 Tina diz que é zero consumista e pensa muito antes de investir em algo: "Não sigo a moda, faço a minha" — Foto: GLIN+MIRA/gshowTina diz que é zero consumista e pensa muito antes de investir em algo: "Não sigo a moda, faço a minha" — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Mas, aqui fora, a realidade é outra, apesar da luxuosa bolsa Chanel "Flap", que ela chama de patrimônio: “Sou muito minimalista. Por ser do meio, percebi que a moda é muito cíclica e têm tendências que não compro, porque não vejo necessidade.”
Aos consumistas de plantão, a angolana tem uma tática para não sair do shopping cheia de sacolas de roupas: criatividade e saber olhar dentro do próprio guarda-roupa para misturar o que é tendência com o que ela já tem.
Quando o assunto são itens de beleza, a história muda um pouco. Por ter uma pele com tendência à melasma e manchas de acne, ela se diz muito cuidadosa com as suas escolhas de produtos de .
7 de 8 Loira pela primeira vez, Tina comenta sobre sua relação com as perucas: "Não quero ser só uma Albertina, quero ser várias" — Foto: GLIN+MIRA/gshowLoira pela primeira vez, Tina comenta sobre sua relação com as perucas: "Não quero ser só uma Albertina, quero ser várias" — Foto: GLIN+MIRA/gshow
Segundo ela, uma lace com cabelo verdadeiro custa, no mínimo, R$ 1,5 mil. Tina tem vários modelos, mas nenhuma loira, então o choque de se ver platinada no ensaio, pela primeira vez, foi instantâneo... E positivo! Radiante, ela se olha no espelho e conta o que vê no reflexo:
Quem vê Tina confiante e segura de si, não imagina que a jornada para se livrar de antigos padrões estéticos foi longa. Quando decidiu cortar seu cabelo para iniciar a transição capilar, ela recorreu às melhores laces que poderia investir. Para ela, não são simples perucas e, também por isso, o fato de não abrir seu acervo para qualquer um.
8 de 8 "Não me enxergava como mulher", revela Tina sobre usar seus cabelos como meio de comunicação — Foto: GLIN+MIRA/gshow
"Não me enxergava como mulher", revela Tina sobre usar seus cabelos como meio de comunicação — Foto: GLIN+MIRA/gshow
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