Casey McQuiston, após Vermelho, Branco e Sangue Azul, luta por idioma neutro
Em "Vermelho, Branco e Sangue Azul", Casey McQuiston imagina uma realidade paralela em que Donald Trump não existe, e o filho da presidente democrata dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra. Se na vida real essa ideia ainda parece absurda, no livro deu certo.
A obra viralizou no TikTok, vendeu milhares de cópias e virou filme pela Amazon, com uma sequência já confirmada.
Agora, na ressaca do sucesso, McQuiston tenta uma história mais plausível com a comédia romântica "Combina?", sobre ex-namorados que são forçados a viajar juntos pela Europa, onde descobrem que ainda se amam.
Mesmo que seja mais pé no chão, o livro também é arriscado. Isso porque Theo, um dos protagonistas, é uma pessoa não binária, ou seja, que não se identifica com o gênero masculino nem com o feminino, o que forçou a editora e o tradutor brasileiro a examinarem minúcias do texto para apagar quaisquer marcas de gênero.
Traduzido por Guilherme Miranda e publicado pela Seguinte, selo juvenil da Companhia das Letras, o livro se rende à chamada linguagem neutra, e usa pronomes inventados, como "elu" e "delu".
A questão é que, ainda que essa variação linguística venha ficando popular na internet, ela só é conhecida por uma faixa pequena da população, sobretudo entre os mais jovens e quem é da comunidade LGBTQIA+.
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