HomeNoticiasArticleJustiça da Venezuela vai intimar candidato opositor a depor em investigação criminal27/08/202423 Menino segura bandeira da Venezuela durante eleição neste domingo (28), em Caracas Imagem: Enea Lebrun/REUTERSO procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse à imprensa nesta sexta-feira (23) que o candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, que reivindica a vitória nas contestadas eleições presidenciais de 28 de julho, será intimado pelo Ministério Público do país para uma investigação criminal. Os Estados Unidos e dez países latino-americanos rejeitaram na sexta-feira a validação pela Justiça venezuelana da reeleição de Nicolás Maduro, segundo uma declaração conjunta publicada em Quito."Nas próximas horas, o cidadão Edmundo Gonzalez Urrutia será intimado por este Ministério Público", declarou Saab, explicando que o site onde a oposição publicou seus resultados nas eleições presidenciais "usurpou" o poder do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)."Deve comparecer a esta convocação para falar (...) sobre sua responsabilidade antes do 28 de julho, durante o 28 de julho e depois do 28 de julho pela sua obstinação, pela sua desobediência às autoridades legitimamente constituídas", acrescentou o magistrado. "Ele terá que assumir a responsabilidade", enfatizou.Andreza MataisVale escolhe presidente em processo que deixou feridasJosias de SouzaTabata desafia Marçal nas searas jurídica e políticaJuca KfouriQuem mais ameaça o Fortaleza no Brasileirão?Wálter MaierovitchHá mais uma tentativa de golpe, agora no CongressoO procurador acusa a oposição de violência pós-eleitoral. O anúncio da reeleição de Maduro provocou manifestações espontâneas, que foram brutalmente reprimidas pelo governo, deixando 27 mortos, 192 feridos e 2.400 presos, segundo fontes oficiais.Em 6 de agosto, a promotoria abriu investigações por, entre outras coisas, "usurpação de funções, divulgação de informações falsas, incitação à desobediência às leis, incitação à insurreição, associação criminosa" contra Gonzalez Urrutia e a líder da oposição Maria Corina Machado.Gonzalez e Machado "anunciam um falso vencedor da eleição presidencial (....) incitam abertamente policiais e soldados à desobediência", segundo o comunicado de imprensa do promotor no início de agosto.Opositores vivem na semi-clandestinidadeOs dois líderes da oposição vivem em semi-clandestinidade desde o início do mês. Gonzalez Urrutia não é visto em público há quase três semanas.O Supremo Tribunal validou na quinta-feira (22) a reeleição de Maduro para um terceiro mandato de 6 anos, informando que transmitiu à acusação o processo de Gonzalez Urrutia, que não compareceu quando convocado pelo Supremo Tribunal.Continua após a publicidadeNicolás Maduro, de 61 anos, foi proclamado vencedor com 52% dos votos pela Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que, no entanto, não tornou públicas as atas das seções de voto, alegando ter sido vítima de pirataria informática.A justificativa do governo é considerada pouco convincente pela oposição e por muitos observadores que veem como uma manobra de Maduro para evitar a divulgação da contagem exata dos votos.Segundo a oposição, que tornou públicas as atas obtidas graças aos seus mesários, Edmundo Gonzalez Urrutia venceu a votação com mais de 60% dos votos.Sem mostrar as atas, o Supremo Tribunal garantiu ter verificado os relatórios apresentados pelos governantes, bem como a realidade do ataque informático contra a CNE.Países rejeitam decisão do STJO governo venezuelano considerou nesta sexta-feira que a rejeição de 11 países à decisão do STJ um "ato inaceitável de ingerência".Continua após a publicidadeNewsletterDE OLHO NO MUNDOOs principais acontecimentos internacionais e uma curadoria do melhor da imprensa mundial, de segunda a sexta no seu email.Quero receberA Argentina, a Costa Rica, o Chile, o Equador, a Guatemala, o Panamá, o Paraguai, o Peru, a República Dominicana, o Uruguai e os Estados Unidos afirmam que "rejeitam categoricamente o anúncio do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela que indica ter concluído um suposta verificação dos resultados do processo eleitoral".O STJ, que a maioria dos observadores considera subserviente ao poder, validou na quinta-feira a reeleição do Presidente Maduro, apesar das alegações de fraude por parte da oposição.Os Estados Unidos garantiram numa declaração separada na sexta-feira que a decisão do Supremo Tribunal "carece completamente de credibilidade, dadas as provas esmagadoras de que Gonzalez recebeu o maior número de votos em 28 de julho"."A vontade do povo venezuelano (deve) ser respeitada", acrescenta Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, no comunicado de imprensa."Os nossos países já tinham manifestado a sua desaprovação relativamente à validade da declaração da CNE, depois de ter sido recusado aos representantes da oposição o acesso à contagem oficial", sublinha a declaração conjunta.A Espanha, por sua vez, garantiu na sexta-feira que não vai reconhece os resultados da votação até que sejam publicadas todas as atas das assembleias de voto.O que você está lendo é [Justiça da Venezuela vai intimar candidato opositor a depor em investigação criminal].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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