Obras de Zózimo Bulbul e Fernando Coni Campos veem os cinemas negros

Zózimo Bulbul e Fernando Coni Campos estarão no Instituto Moreira Salles, neste mês de agosto. In memoriam, nos filmes "Pequena África" (2002), de Bulbul, e "Uma Nega Chamada Tereza" (1973), de Coni Campos.

A sessão acontece no IMS Paulista, no próximo domingo (25), e tem curadoria de Gabriel Araújo, jornalista da 💥️Folha, e de Lorenna Rocha, ambos cofundadores da plataforma online Indeterminações, dedicada à crítica, pesquisa e exibição dos cinemas negros brasileiros.

Indeterminações é nome acertado, assim como o plural colocado nos cinemas negros. Existem diversidades que deixam a vida complexa.

A complexidade foi criada ao longo do cinema brasileiro, que é diverso por si só. Pensem em Cajado Filho —verdadeiro cérebro de "O Homem do Sputnik", de 1959— e em Odilon Lopez— diretor da pornochanchada "Um É Pouco, Dois É Bom", de 1970.

O mesmo pode ser dito de outra dupla improvável: Adélia Sampaio –diretora de "Amor Maldito", de 1984, sobre um casal de lésbicas– e Waldir Onofre –nascido no neorrealismo de Nelson Pereira dos Santos, mas que desaguou no carnaval de "As Aventuras Amorosas de um Padeiro", de 1975.

Todos negros. Mortos e vivos –dos citados, apenas Sampaio continua entre nós. Amores, terrores, Brasis dentro de Brasis, como na "Pequena África", de Zózimo Bulbul. Também ele negro e um dos nomes-chave da resistência cultural.

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