O que importa é emocionar: Como é um treinamento de campanha de Kamala

Pessoas normais pensam em política, se muito, cinco minutos em uma semana. Em um país onde o voto não é obrigatório, não adianta ficar argumentando. O que motiva as pessoas é como você faz elas se sentirem.

Esse foi um dos principais pontos de um treinamento sobre os princípios da comunicação política que a 💥️Folha acompanhou nesta quarta-feira (21) —uma das várias sessões de formação que ocorrem em paralelo à convenção democrata, em Chicago. Outros temas incluem o uso de inteligência artificial e como identificar infiltrados.

Cerca de 20 pessoas sentadas em uma típica sala acarpetada de hotel acompanhavam uma apresentação de slides numa estética tão Windows 1998 que chegava a ser adorável. Robert Creamer, consultor das campanhas de Barack Obama em 2008 e 2012 e de Hillary Clinton em 2016, era o professor.

A ex-senadora, aliás, cometeu o maior pecado que um candidato pode fazer, disse ele: desrespeitou o eleitor. "Nada é mais difícil de ser perdoado do que o desrespeito. Foi péssimo Hillary ter falado no ‘saco de deploráveis’", apontou, relembrando a frase memorável usada pela democrata na época para se referir aos apoiadores de Donald Trump.

"Por isso é tão importante que ataquem os líderes do Maga [como é conhecida a base de Trump], mas não o Maga. Nós queremos eles", completou.

As lições de Creamer ilustram claramente a mudança de tom de campanha de Joe Biden para Kamala Harris, embora o estrategista não tenha citado o atual presidente explicitamente. Ele enfatizou, por exemplo, que uma comunicação não pode, de jeito nenhum, ser confusa. "Confusão leva à distração", disse, dando um exemplo palpável a todos: basta observar uma criança.

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