Será uma injustiça se o parque do Bixiga tiver outro nome que não Zé Celso, diz João Carlos Martins
O maestro João Carlos Martins, que foi o responsável pelo tombamento do Teatro Oficina em 1982, defende que o futuro parque do Rio Bixiga, na região central de São Paulo, leve o nome do diretor e fundador da companhia teatral, José Celso Martinez Corrêa.
"Se tiver outro nome que não seja Zé Celso, acho que será uma das maiores injustiças que podem ser cometidas no Bixiga", afirma ele à coluna.
Há uma disputa na Câmara Municipal de São Paulo em torno da denominação do futuro espaço. Na segunda-feira (19), os vereadores João Jorge (MDB) e Rubinho Nunes (União Brasil) protocolaram um projeto de lei para que o parque leve o nome do apresentador Silvio Santos, que morreu no sábado (17) aos 93 anos.
Antes da morte do comunicador, eles já tinham proposto que o local fosse chamado de Abravanel, sobrenome de Silvio.
Já os parlamentares Xexéu Tripoli (União Brasil) e Celso Giannazi (PSOL) querem nomear o local em homenagem a Zé Celso, que foi um dos principais entusiastas da implantação da área verde localizada no terreno ao lado do Oficina.
Para João Carlos Martins, Silvio Santos foi o maior comunicador do país e poderá ser homenageado de muitas outras formas. "Pela comoção nacional que vimos após a morte dele, certamente vamos ter viadutos, estradas e escolas nomeadas com o nome do Silvio. Do Rio Grande do Sul até o Amapá", diz o maestro.
Zé Celso e o dono do SBT travaram uma disputa por mais de 40 anos pelo terreno. Dono no espaço, Silvio Santos queria construir um empreendimento imobiliário no local. Já o diretor do Oficina, que morreu no ano passado, reivindicava que a área abrigasse um parque.
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