Renata Sorrah revê carreira entre Tchékhov e Nazaré em peça sobre a mente da artista
Rio de Janeiro. 1974. Renata Sorrah está no carro dirigindo para um ensaio da peça "A Gaivota" quando é surpreendida por uma epifania. "A minha cabeça abre e eu entendo todas as coisas." As ciências, o universo, o sentido da vida. Para ela, tudo se torna simples e claro. "Mas, de repente, a minha cabeça fecha de novo e tudo vai embora."
Essa experiência metafísica é o fio condutor da peça "Ao Vivo: Dentro da Cabeça de Alguém", que a atriz estreia nesta quinta-feira (22) no Teatro do Sesi, na capital paulista. Com direção de Marcio Abreu, o espetáculo usa o episódio para explorar o que se passa na mente de uma artista.
A exemplo dos pensamentos, a narrativa não obedece a um encadeamento lógico ou linear. É como se o público estivesse diante de uma consciência em convulsão.
Num ritmo frenético, os personagens enunciam anseios, memórias e inseguranças. O texto faz referência não só a fatos subjetivos, mas também a acontecimentos sociais.
A produção cita, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, político que criticava com frequência a classe artística. "Fomos atacados. Somos sobreviventes e isso está no cerne da peça. Era como se a gente tivesse quase se afogado, mas agora voltamos a respirar", diz Sorrah, referindo-se ao governo do presidente Lula.
O que você está lendo é [Renata Sorrah revê carreira entre Tchékhov e Nazaré em peça sobre a mente da artista].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments