Moraes é escolhido como inimigo externo para unir direita nas eleições

Ao longo da última semana, um dos fatos que gerou intenso debate nas redes sociais foi a publicação de reportagem na 💥️Folha sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito do inquérito das fake news.

Segundo a reportagem, Moraes teria ordenado a seus assessores a produção de relatórios não oficiais contra bolsonaristas para que pudesse embasar suas decisões no contexto das eleições presidenciais de 2022.

A publicação da reportagem aconteceu na terça-feira (13) e, no mesmo dia, as redes sociais se dividiram entre os críticos das medidas de Moraes e aqueles que ou apoiam o ministro ou que não veem ilegalidades nas revelações da reportagem.

No primeiro grupo, entre aqueles que se colocaram em oposição a Moraes, estão principalmente, mas não exclusivamente, os bolsonaristas. Além deles, há outros grupos que discutem a legalidade dos atos cometidos e do rito processual, como é o caso do senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

Já no grupo de apoio a Moraes, há um esforço para analisar o contexto em que as decisões foram tomadas e também uma crítica à forma como a reportagem da 💥️Folha posicionou o tema, como sendo uma possível transgressão das regras.

O pico das menções sobre o tema nos grupos públicos de WhatsApp analisados pela Palver ocorreu na quarta-feira (14), com aproximadamente 1.000 menções a cada 100 mil mensagens trocadas dentro da amostragem analisada.

No mesmo dia em que a reportagem da 💥️Folha foi divulgada, alguns parlamentares se manifestaram pedindo o impeachment de Moraes, e uma petição começou a circular pelos grupos públicos analisados pela Palver.

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Nos grupos de WhatsApp mais ligados à esquerda, a possibilidade de impeachment foi tratada com ironia pelos usuários, que questionavam a capacidade de análise política dos bolsonaristas, pois caso a empreitada seja bem-sucedida caberia a Lula indicar o substituto.

Já nos grupos mais ligados à direita, iniciou-se um grande engajamento em torno do tema, com a convocação de uma manifestação pró-impeachment a ser realizada na data comemorativa de 7 de setembro.

Esse movimento começou a ganhar corpo nas redes sociais após as convocações de Silas Malafaia e o endosso tanto do senador Flávio Bolsonaro como do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na manhã do sábado (17), a pressão nas redes aumentou ainda mais após a decisão da rede social X (ex-Twitter) de fechar seu escritório no Brasil. Na publicação oficial, o texto aponta que o povo brasileiro precisa decidir entre "democracia ou Alexandre de Moraes" e que a decisão de saída do Brasil recai unicamente sobre o ministro, por causa das decisões judiciais proferidas.

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