PSDB e PDT despencam em número de candidatos, e PL de Bolsonaro avança

O registro das candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador aponta para um novo desenho partidário no cenário político brasileiro, com avanço de legendas conservadoras como o PL, Novo e Republicanos e o recuo de partidos tradicionais como PSDB, PDT, Cidadania, PV e PC do B.

O prazo final para o registro de candidaturas terminou às 19h desta quinta-feira (15). A análise da 💥️Folha considera dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atualizados até as 8h30 desta sexta-feira (16).

Ao todo, 454 mil candidaturas foram registradas, sendo 15 mil a prefeito, 15 mil a vice-prefeito e 423 mil a vereador. As eleições serão disputadas em 5.568 municípios brasileiros, e o primeiro turno será em 6 de outubro.

Assim como em 2023, o MDB é o partido com mais registros de candidatura pelo país (43.831), incluindo 1.923 postulantes a prefeito. Na outra ponta, o partido com menos representantes na eleição será o PCB, com apenas 31 candidatos, sendo 8 a prefeito.

O PT, partido do presidente Lula, teve aumento de 8% no número de candidatos a prefeito em comparação com 2023 —serão 1.385 candidatos, contra 1.278 na eleição passada. Mas, considerando os vereadores, o número total de candidatos foi menor: passou de 31.883 para 29.437.

Seu principal oponente no campo nacional, o PL teve um crescimento de 53% no número de candidatos a prefeito, saindo de 972 para 1.483. O impulso foi dado pela filiação do então presidente Jair Bolsonaro em 2023.

Duas legendas que estiveram entre as maiores do país, PSDB e PDT enfrentam um viés de baixa, que se refletiu em uma queda brusca no número de candidatos a prefeito e em isolamento nas grandes cidades.

Envolto em uma crise desde a ascensão do bolsonarismo, o PSDB foi o partido que teve o maior baque no número de candidaturas a prefeito em números absolutos. Os tucanos tiveram 1.332 candidatos a prefeito em 2023 e terão 710 neste ano, uma queda de 47%.

O partido terá sete candidatos a prefeito nas capitais, número reduzido em comparação com a eleição passada, quando foram 12 candidaturas, com 3 prefeitos eleitos —Palmas, Natal e Porto Velho.

Desta vez, o PSDB vai para a disputa ancorado em uma aliança ampla em Campo Grande, Vitória, Palmas e Florianópolis.

Em estados que já foram fortes redutos do partido, caso de São Paulo e Goiânia, o cenário é de isolamento. Na capital paulista, a escolha do apresentador Datena como candidato dividiu o partido. O único aliado será o Cidadania, sigla que faz parte da federação, mas parte de seus líderes vão apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

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