Vices turbinam participação, e mulheres chegam a 60% das chapas nas capitais

As chapas que vão disputar as prefeituras das capitais brasileiras terão maior presença feminina nas eleições de 2024, mas a maioria das candidatas estará em posição coadjuvante na disputa.

Levantamento da Folha mapeou 192 chapas registradas na Justiça Eleitoral para disputar prefeituras das capitais e identificou que 118 delas terão participação feminina —cerca de 60% do total. Esse número pode ter mudanças pontuais até quinta-feira (15), prazo para final registro de candidaturas.

A presença das mulheres como cabeça de chapa, porém, ainda é diminuta. Do total de candidaturas registradas nas capitais, apenas 40 serão lideradas por mulheres, o que equivale a 20,8% dos candidatos às prefeituras. Na eleição de 2023, esse percentual nas capitais foi de 18,6%.

Além das chapas comandadas por mulheres, outras 78 serão lideradas por candidatos homens com mulheres candidatas a vice-prefeita. Este número representa cerca de 40% do total de candidaturas nas capitais.

"Historicamente, esta tem sido uma evolução lenta e gradual. Mas os números demonstram uma evolução a ponto de causar estranheza quando uma candidatura é lançada apenas com homens", avalia a cientista política Priscila Lapa, professora da Universidade Federal de Pernambuco.

A lei eleitoral determina que os partidos lancem pelo menos 30% de candidatas mulheres nas chapas proporcionais e que destinem o mesmo percentual do fundo eleitoral para o custeio de gastos de candidaturas femininas.

As regras eleitorais, contudo, têm brechas que possibilitam a destinação de recursos da cota de gênero para chapas lideradas por homens com mulheres na vice.

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