Veja falas e frases icônicas do ex-ministro Delfim Netto

O economista, ex-ministro e ex-deputado Delfim Netto, que morreu nesta segunda-feira (12), teve muitas frases e falas históricas que marcaram sua vida pública e política. A personalidade que transitou do voto favorável ao AI-5 até o apoio ao governo Lula décadas depois, chegou a ter as citações icônicas compiladas no livro "O Homem Mais Realista do Brasil", do jornalista Aristóteles Drummond.

Relembre, a seguir, algumas das frases e falas icônicas do economista.

Voto durante a sessão para aprovação do AI-5, em 1968

"Estou plenamente de acordo com a proposição que está sendo analisada no Conselho. E, se Vossa Excelência me permitisse, direi mesmo que creio que ela [proposição do AI-5] não é suficiente. Eu acredito que deveríamos atentar e deveríamos dar a Vossa Excelência, ao presidente da República, a possibilidade de realizar certas mudanças constitucionais, que são absolutamente necessárias para que este país possa realizar o seu desenvolvimento com maior rapidez"

Sobre a Constituição, em entrevista à revista Veja, em 1988

"Faltou à Constituinte a concepção de que o Estado é simplesmente um instrumento distributivo. Ele é um mau instrumento produtivo. Atribuíram-se ao Estado missões como a de produzir o desenvolvimento tecnológico e regular toda a atividade econômica"

Sobre a relação com Lula, à revista Veja, em 1993

"Se eu e o Lula dizemos que dois e dois são quatro, isso não significa que formamos uma aliança, apenas que sabemos contar. Aliás, eu penso que quanto mais fica entendido que eu e o PT estamos em campos opostos, antagônicos, melhor será para ambos. Uma das piores coisas que aconteceram no Brasil depois de 1984 foi essa busca do consenso. Eu não quero consenso com o PT. Quero dissenso. Dissentimos, vamos ao eleitor, ele vota, ganha quem tem maioria e governa quem ganhou"

O Lula é que está do meu lado. Estou onde sempre estive, eles é que mudaram

Delfim Netto

entrevista ao Jornal do Brasil, em 2002

Sobre o PT, em entrevista à Folha, em 2002

"O PT é o único partido que tem chance de exercer a social-democracia de verdade. Isto porque tem um elemento fundamental, que é o trabalhador. Não existe partido social-democrata só com professor universitário"

Sobre o governo FHC, ao Jornal do Brasil, em 2002

"O Fernando Henrique terminou o primeiro governo com uma enorme crise e termina o segundo mandato com uma fantástica crise. E deixa para o próximo uma herança terrível. Um desemprego monstruoso, como nunca se viu. Um crescimento medíocre, como nunca se viu. Uma acumulação de dívidas que torna muito mais difícil a administração econômica do país"

Sobre o voto favorável ao AI-5, em entrevista à Câmara dos Deputados em 2003

"O meu depoimento tem sido um pouco controvertido. Algumas pessoas dizem que eu exigi até mais. Não. O que eu disse, e está escrito com todas a letras, é que eu queria aproveitar aquilo que estava acontecendo para completar as reformas que faltavam"

De vez em quando, Lula me convida para tomar um café. Converso com ele, falo, mas não sei se me ouve

Delfim Netto

entrevista à revista Nossa História, em 2006

Sobre Geisel, à revista Nossa História, em 2006

"Quando chegou a segunda crise do petróleo, não tínhamos mais alternativa alguma. Acredito que o Geisel fez muito bem endividando o país para mantê-lo funcionando. Se ele não tivesse feito isso, o Brasil teria virado Bangladesh"

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