Kamala é hábil em política externa, mas teve atuação tímida na gestão Biden, dizem especialistas

É perfeitamente cabível especular qual seria a diplomacia da Casa Branca caso a presidente dos Estados Unidos se chame Kamala Harris. A hoje candidata democrata pode derrotar o republicano Donald Trump, que já foi presidente e é reconhecido pela truculência de sua política externa.

A especulação sobre Kamala partiu da Chatham House, centro de estudos britânico sobre relações internacionais. A instituição, em edição online, publicou um instrutivo podcast e ainda um ensaio de uma de suas especialistas em diplomacia americana sobre o tema.

O ensaio e o podcast atribuem boas qualificações à atual vice-presidente de Joe Biden. Ela é apontada como hábil em questões estrangeiras. Quando senadora pelo estado da Califórnia, Kamala integrou a comissão permanente sobre inteligência e espionagem e teve acesso a informações sigilosas sobre aliados e inimigos de seu país.

E como vice-presidente, fez 13 viagens ao exterior. Não levava na maleta uma diplomacia pessoal. Ela devia obediência ao presidente Biden e não estava autorizada a se desviar da ortodoxia do Departamento de Estado.

Tudo isso para dizer que a candidata democrata à sucessão presidencial americana é do ramo. Não será uma jejuna em questões internacionais. E tem desde já opiniões fortes, como um favorecimento militar maior à Ucrânia na guerra contra a Rússia e uma condenação que ela não expressa publicamente contra os excessos de Israel a civis palestinos na Faixa de Gaza.

Os participantes do podcast notaram que Kamala, ao disparar em 36 horas mais de cem telefonemas para obter apoio junto à burocracia democrata, demonstrou resiliência que favorece sua imagem pessoal.

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Leslie Vinjamuri, diretora do departamento Estados Unidos da Chatham, diz que a determinação de Kamala em recolher apoios e neutralizar concorrentes deu ao partido uma forte impressão da qual a legenda necessitava, depois do ceticismo que a candidatura Biden inspirava.

"Tínhamos alguém de pulso forte" na guerra política para mais uma vez derrotar Donald Trump.

Dan Balz, correspondente do Washington Post em Londres, afirma que Kamala Harris é agressiva na defesa da legalidade do aborto, opondo-se a Trump e até mesmo, com as devidas proporções, ao próprio Joe Biden, um católico pouco à vontade na questão.

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