Câmara de Lisboa empenhada em encontrar solução para falta de palco dos Artistas Unidos 24
Em comunicado enviado à agência Lusa, a edilidade esclarece que relativamente à falta de espaço para a companhia de teatro Artistas Unidos (AU) se apresentar, “continua empenhada na resolução deste processo e em encontrar uma solução, consensualizada com os Artistas Unidos, que permita a continuidade do seu trabalho”.
Em comunicado hoje divulgado, a companhia AU alertou que vai ficar sem um espaço para trabalhar, já que o Teatro da Politécnica, em Lisboa, onde está sediada desde 2011, vai fechar portas em 31 de julho.
“Uma casa para os Artistas Unidos” assim se intitula o comunicado da companhia fundada pelo ator, encenador e realizador Jorge Silva Melo (1948-2022), face ao fim do contrato com a Reitoria da Universidade de Lisboa, proprietária do Teatro da Politécnica, e sem que a solução designada pela Câmara Municipal de Lisboa permita a mudança.
A Câmara afirma que “mantém o edifício A Capital como uma possibilidade para acolher os Artistas Unidos, mas, encontrando-se o projeto para este imóvel ainda em execução, tem procurado soluções, ainda que temporárias, para acolhimento da companhia”.
A autarquia, liderada por Carlos Moedas, “tem procurado uma solução em auditórios – municipais e não só –, mas até ao momento não foi possível encontrar um espaço que reúna as características necessárias para o acolhimento dos projetos que os Artistas Unidos têm em curso”.
“Fechamos agora portas, sem qualquer perspetiva sobre ‘onde vamos morar’", escrevem os AU, que continuam sem saber se lhes será possível “voltar a receber artistas, amigos, espectadores, autores”, nem sobre onde estarão a ensaiar.
Em março de 2022, o reitor da Universidade de Lisboa comunicou à companhia de teatro que o contrato não seria renovado e que teriam até fevereiro de 2023 para encontrar um novo local para trabalhar.
Na sequência de intervenção da Câmara Municipal de Lisboa, foi feita uma adenda ao contrato, tendo este sido prolongado até 31 de julho deste ano, com o compromisso por parte da autarquia de que seriam feitas obras no edifício d'A Capital, ao qual a companhia regressaria no “segundo semestre deste ano”.
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