Israel: MNE português reforça alerta sobre viagens perante ameaças do Irão 24

“Considerando o estado de guerra desde 07 de outubro e as ameaças recentes a Israel, e tendo em conta os riscos de evolução do conflito, devem continuar a evitar-se todas as viagens não essenciais a Israel e países da região”, referiu a diplomacia portuguesa, em comunicado.

Este reforço de alerta consta do Portal das Comunidades e insta os cidadãos nacionais que se encontrem no país a “respeitar os alertas emitidos pelas autoridades israelitas e seguir todas as instruções de segurança que aquelas emitam”.

“Há riscos de ataques terroristas, principalmente a instalações do Governo, militares e de segurança, transportes públicos e locais com multidões, com armas de fogo, armas brancas ou veículos, pelo que se aconselham as maiores precauções em todas as deslocações”, pode ler-se ainda.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Rangel, frisou ainda que “continua a acompanhar, em permanência, a situação”.

Inimigo declarado de Israel e aliado do grupo extremista palestiniano Hamas, o Irão ameaçou castigar Israel após um ataque ao consulado em Damasco, em 01 de abril.

O ataque matou 16 pessoas, incluindo sete membros da Força Quds da Guarda Revolucionária, o exército ideológico de Teerão através do qual o regime exerce influência regional.

Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, e o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi.

O Irão e a Síria atribuíram o ataque a Israel, que não confirmou o envolvimento, mas continua a ser considerado responsável, incluindo pelos próprios aliados.

Desde o ataque, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.

A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita em Gaza, que se seguiu a um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023.

O ataque, sem precedentes, causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

A ofensiva israelita em Gaza provocou mais de 33.600 mortos e a destruição de numerosas infraestruturas, segundo as autoridades de saúde do enclave palestiniano, governado pelo Hamas desde 2007.

O Hamas é qualificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

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