Quem financia e a quem servem as ações contra as mineradoras na Inglaterra?
Em artigo publicado nesta 💥️Folha ("Mineradoras tentam prejudicar ação judicial do caso Mariana na Inglaterra", 17/7), Tom Goodhead diz que as mineradoras praticam lawfare quando reagem ao caso Mariana, levado à corte inglesa.
O advogado inglês tem alguma razão, para além de grandes ambições.
A demanda que patrocina em Londres retrata, ao que tudo indica, o uso estratégico do direito para fins de deslegitimar, prejudicar ou eliminar um inimigo ("Lawfare: Uma Introdução"; Cristiano Zanin, Valeska Martins e Rafael Valim). Pode mesmo ser lawfare, porque ali o processo parece ser manejado como instrumento de guerra comercial para tomar a Vale e, com ela, subtrair do Brasil a mais preciosa mina de ferro do mundo.
As mineradoras envolvidas, em especial a Vale, são alvo de uma massacrante campanha midiática, cuja verdadeira autoria, ainda que se possa imaginá-la, é, até o presente momento, uma incógnita.
Não que não sejam responsáveis pela perda de vidas humanas, que não tenham causado danos ao meio ambiente ou às economias de Mariana e de Brumadinho, em Minas Gerais, sob o estigma dos desastres do rompimento das barragens que nessas localidades mantinham. Mas a demanda patrocinada por Goodhead, como tudo leva a crer, não parece ser meramente técnica de ressarcimento de vítimas, cujos interesses são bem representados, no Brasil, pelo Ministério Público, pela Advocacia-Geral da União e por demais entes de nosso sistema de Justiça, que têm jogado duro com as mineradoras. Ao contrário: a demanda parece ser —muito mais— uma máquina de enriquecimento de financiadores ocultos, quiçá uma ferramenta geopolítica.
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