Mortes: De sorriso cativante, deixou legado de amor, alegria e fé
Em sua adolescência, Vera deu aulas de reforço para crianças e foi voluntária no setor infantil do hospital da Cruz Vermelha, em São Paulo. Na década de 1990, frequentava a igreja aos finais de semana motivada pelo desejo de que suas duas filhas mais novas fizessem a primeira comunhão. Foi nesse período que ela se tornou professora de catecismo.
Trabalhou nas áreas de recursos humanos, recepção e comercial, fazendo amizades duradouras. Casou-se com Paulo Estellita e teve quatro filhas: Paula, 47, Melissa, 45, Christiana, 41, e Gabriella, 35. Sua história de amor com Paulo começou na adolescência e perdurou com paixão e união.
"Meu pai conhecia minha mãe desde a infância, e se tornaram amigos. Quando ela tinha 16 anos, deram o primeiro beijo e desde então ficaram completamente apaixonados. Eles tiveram uma história muito bonita de amizade e amor", diz Gabriella.
O sorriso radiante, os olhos azuis violeta (como ela mesma dizia), a maneira leve de encarar a vida e o otimismo inabalável tocavam a todos, mesmo nos momentos mais desafiadores.
Vera se dedicou à criação das filhas e, com elas crescidas, retornou ao mercado de trabalho na área comercial, destacando-se em vendas. Ao lado de Paulo, abriu uma loja de revestimentos, e mergulhou de cabeça no trabalho de prospecção e captação de clientes, usando seu talento natural para se conectar com as pessoas.
"Ela tinha uma habilidade absurda de lidar e cativar as pessoas de forma simples, gostosa e alegre. As pessoas se conectavam com ela muito facilmente, era conexão imediata", descreve Gabriella, lembrando que a mãe era implacável na área de vendas.
Vera era apaixonada pelos netos Gael, Theodoro e Benício, que ela chamava de "os três mosqueteiros". Sua família era seu maior tesouro, e ela gostava de celebrar a vida. Adorava preparar a casa para as festas de fim de ano, com dedicação especial à decoração e às ceias de Natal e Ano-Novo.
Ela tinha um prazer especial em montar a árvore de Natal e enfeitar janelas e plantas. Os bolos que fazia viraram marca registrada: todo Natal ela preparava o tradicional bolo de nozes, e nos aniversários da família fazia com carinho aquele bolo especial.
Vera via nas suas filhas quatro mulheres distintas, mas especiais à sua maneira. Sua dedicação em compreender cada uma delas, reconhecendo suas forças e fragilidades, era notável.
Para ela, a vida era uma paleta de cores vibrantes, refletida em seus olhos violeta, vestidos e batom rosa, diz a filha.
"Como mãe, avó e esposa amorosa, foi uma fonte inesgotável de inspiração, transmitindo lições de determinação, amor e alegria. Seu legado de amor incondicional e compreensão transcende gerações", diz Gabriella.
Vera morreu dia 9 de junho, aos 69 anos. Ela deixa o marido, as quatro filhas e os três netos.
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