Argentina, a primeira vilã olímpica

Vai começar, mas já começou. A abertura é nesta sexta (26), mas as Olimpíadas de Paris já têm historinha para contar antes mesmo de o primeiro barquinho olímpico flutuar no rio Sena.

Este escriba, menos humilde do que de costume, foi ao Stade de France no primeiro dia de competições para acompanhar 12 excitantes partidas de rúgbi 7 —isso mesmo, 12, rúgbi 7 é dinâmico, e tão apaixonante quanto um macaron, mas não chega a ser um crème brûlée.

Foram só jogos da chave masculina, com as 12 equipes do torneio entrando em campo, cada uma duas vezes. Tinha França, a dona da casa, as finalistas de Tóquio (Fiji e Nova Zelândia), as tradicionais África do Sul e Irlanda (pelo menos, no rúgbi tradicional), os esforçados uruguaios e japoneses etc.

Mas também tinha a Argentina. E foi aí que aconteceu algo que este escriba, inocente, não previa no disciplinado rúgbi.

Tão logo a Argentina foi anunciada para sua primeira partida, ouviu-se uma vaia no estádio ---ninguém teve hino nessa fase. No segundo jogo, contra Samoa, mais vaias (menores, todo mundo meio cansado). Pelo menos no Stade de France, a Argentina foi escolhida como a primeira vilã olímpica, bem antes de conhecermos os heróis.

Em vários momentos do primeiro jogo, torcedores gritavam "Quênia, Quênia, Quênia", tentando dar uma força para os simpáticos rivais dos latinos —que tem uma equipe forte, bronze em Tóquio. Quando os sul-americanos faziam um try (o gol), mais apupos. Em um momento ou outro, uma bela jogada individual de algum hermano ganhava aplausos tímidos —a beleza precisa ser apreciada.

E a culpa é de quem? Da seleção de futebol, com Enzo Fernández e seus colegas de vestiário, que resolveram comemorar o título da Copa América com cânticos racistas, típicos de torcedores racistas, e com os franceses como alvo —a França foi a rival derrotada na final da Copa do Qatar.

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