Pescadores ocupam sede de órgão federal na Bahia e cobram regularização fundiária

Um grupo com cerca de 200 pescadores e pescadoras da Bahia invadiu na manhã esta segunda-feira (22) o escritório da SPU (Secretaria do Patrimônio da União), órgão ligado ao Ministério da Gestão, em Salvador.

Os manifestantes cobram do governo Lula (PT) a regularização fundiária de comunidades tradicionais e pedem ações de fiscalização nas praias e manguezais, que sofrem com pressão de empreendimentos imobiliários e turísticos.

O prédio foi desocupado de forma pacífica na tarde desta segunda após um acordo entre os gestores da SPU e os manifestantes. Uma nova reunião foi marcada para 20 de agosto.

A manifestação foi liderada pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais e marca o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, que será celebrado em 26 de julho.

Em um manifesto encaminhado ao órgão federal, os pescadores cobraram a retirada de cercas instaladas em praias e manguezais, especialmente nas regiões de Tinharé, Boipeba e Barra de Serinhaém, no Baixo Sul, e no Quilombo Riacho Santo Antônio, no Litoral Norte.

Eles também cobram que comunidades pesqueiras e quilombolas tenham o direito de opinar sobre a chegada de novos empreendimentos no litoral baiano, como forma de evitar e reduzir os impactos nas famílias que vivem da pesca e mariscagem artesanal.

"Nossas demandas são urgentes, diante das desigualdades históricas que recaem sobre nossos modos de vida, diante na necessidade de reparação racial e social histórica", afirmou, em nota, o Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais.

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