Bolsonaro segue com agenda político-eleitoral apesar de avanços sobre Abin paralela e joias

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém ritmo acelerado de viagens mesmo após a deflagração de nova fase da operação que mira a existência da chamada "Abin paralela" durante a sua gestão e de ter sido indiciado pela Polícia Federal em investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo.

O objetivo principal, dizem aliados do ex-presidente, é manter capital político. Na avaliação deles, o impacto dos dois casos já foi absorvido por seu eleitorado, além de não haver sinal de repercussão nas ruas.

O caso das joias era o inquérito visto como mais sensível por envolver a suspeita de corrupção. O grau de apoio da base bolsonarista, porém, não teria sido abalado.

Para um integrante do entorno do ex-presidente, pessoas comuns teriam a carreira política encerrada em um episódio dessa natureza, mas não o presidente Lula (PT) nem Bolsonaro, que têm uma cativa rede de apoiadores difícil de ser rompida.

O discurso da entourage bolsonarista é o de que as investigações e a publicidade em torno delas serve como "cortina de fumaça" para encobrir notícias do governo Lula como aumento no preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

A manutenção da agenda de viagens do ex-presidente segue a lógica de usar o anteparo popular contra avanços vindos do STF (Supremo Tribunal Federal) e, também, de impulsionar aliados na eleição de outubro. Ele está inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Neste sábado (13), Bolsonaro visitou Araçatuba (SP) com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os dois promoveram carreata e estiveram em evento do agronegócio.

"A vida de ex não é fácil. Mas dizem que sou o ex mais amado no Brasil. Espero que um novo amor apareça num momento bastante rápido e eu deixe de ser ex, porque pretendo ainda servir ao meu país", afirmou o ex-presidente.

Ele voltou a fazer ataques a Lula, ao comentar sua decisão sobre não participar da cerimônia de transmissão da faixa presidencial, em janeiro de 2023. "Não passei a faixa porque não passo a faixa para bandido."

Neste domingo (14), Bolsonaro participará com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro do lançamento da pré-candidatura de Rosana Valle (PL) à Prefeitura de Santos.

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