Datena critica Nunes e Bolsonaro, exalta Lula e mantém dúvida sobre ser ou não ser candidato

O apresentador e pré-candidato José Luiz Datena (PSDB) dirigiu ataques a Ricardo Nunes (MDB) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiador da reeleição do prefeito, durante sua participação nesta terça-feira (16) no ciclo de entrevistas promovido por 💥️Folha e com concorrentes à Prefeitura de São Paulo.

O jornalista, que já desistiu na última hora de disputar quatro eleições, reiterou que desta vez irá "até o fim", desde que não seja "sacaneado" por ninguém no meio político nem "encham o saco" dele. Datena está em seu 11º partido e falou que recuou nas outras vezes porque descumpriram acordos com ele.

"Até que eu faça parte do meio político, eu vou continuar na expectativa de ser ou não ser, eis a questão. Se alguém me sacanear de hoje até o dia da eleição, [a candidatura] vai ficar no meio do caminho também."

"Eu sou o político mais vitorioso da história: eu nunca perdi uma eleição", ironizou o apresentador, que está de férias de seu programa diário na Band. "A população confia na minha palavra. Questão política é outra coisa. Eu que não confio em político, não confio na palavra de político", continuou.

"Eu posso morrer amanhã. Agora, a minha intenção desta vez é ir até o fim. Desde que ninguém me encha o saco", disse ele, que retrucou insinuações de que usa as candidaturas para se promover e valorizar seu contrato com a emissora. "Quem me usa são os políticos, não é o contrário."

Datena disparou críticas a Nunes, a quem se referiu como "esse cara", alguém que "não entende nada de política" nem "sabe nem o que ele é" ideologicamente.

Disse que "a Prefeitura de São Paulo caiu no colo do prefeito", por ser vice de Bruno Covas (PSDB), que o emedebista "fez obras eleitoreiras" quando o pleito se aproximou e repudiou a instalação de grades na cracolândia, "como nos campos de concentração".

O tucano disse que não daria a Bolsonaro o rótulo de representante da extrema direita, mas de "direita exagerado". Ele negou ter apoiado a reeleição do ex-presidente, mas disse que também não declarou apoio a Lula (PT). Apesar disso, afirmou que "é óbvio" que o petista é um presidente melhor que o rival.

"O melhor governo foi o Lula. Não é à toa que ele foi eleito três vezes", resumiu. Ele disse que, em 2022, quando foi ao Palácio da Alvorada e ficou ao lado de Bolsonaro em uma entrevista coletiva, discordou de várias "bobagens" que ele disparou, mas permaneceu no lugar por questão de respeito.

Datena também se contrapôs a Nunes, que, nesta segunda-feira (15), durante a sabatina 💥️Folha/ysoke disse não considerar os ataques de 8 de janeiro de 2023 uma tentativa de golpe de Estado.

Para o apresentador, tratou-se de uma tentativa "clara, absurda e desproporcional" e que "é um absurdo quem nega isso".

"Quem nega essa tentativa de golpe quer negar a história brasileira", declarou ele, que também se manifestou contra o ex-presidente americano Donald Trump, dizendo que ele não é "esse exemplo de democracia" por ter insuflado a invasão ao Capitólio quando perdeu a eleição.

O pré-candidato também rebateu a afirmação recente de Nunes de que aceita o apoio da ultradireita, desde que ela "defenda a democracia". Ele apontou contradição na ideia e ressaltou que "nos extremos não há nada de bom". Sobre si próprio, pontuou: "Eu sou constitucionalista, eu sou pelo povo brasileiro".

Datena repetiu ao longo da sabatina que vai derrotar no primeiro turno Nunes e Guilherme Boulos (PSOL), hoje os líderes das pesquisas de intenção de voto. "Eu vou ganhar deles no primeiro turno, do jeito que eles estão falando bobagem."

O pré-candidato foi mais comedido ao falar de Boulos, de quem se aproximou nos últimos anos. "Eu posso gostar do cara e ele ser mau administrador", comentou, antes de dizer que o pré-candidato apoiado por Lula "não é de extrema esquerda".

Ele sustentou que Boulos "tem que acabar com essa história de que vai tomar sua casa, seu terreno, precisa acabar com essa imagem de que ele vai invadir tudo".

A declaração foi feita ao comentar o rótulo de invasor explorado por Nunes contra o deputado federal pela atuação no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Para o tucano, o representante do PSOL "hoje em dia é um cara muito ponderado perto do que ele foi na juventude".

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