Centro de Física da Universidade do Minho coordena rede europeia que aposta na formação de doutorandos
O projeto chama-se “✅MAterials for Smarter AUTonomous sensOrs” (MASAUTO) e é uma Rede Doutoral das Ações Marie Skłodowska-Curie do Programa Horizonte Europa, com um financiamento de 2.6 milhões de euros, que vai permitir nomeadamente formar dez doutorandos internacionais.
A iniciativa arranca em março de 2025 e tem quatro anos de duração, envolvendo cinco instituições de ensino e investigação e três empresas de oito países (Espanha, Holanda, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, Républica Checa e Suíça).
“Este consórcio pretende desenvolver sensores óticos, células solares indoor, supercondensadores e dispositivos neuromórficos, baseados em materiais ferroelétricos”, revela o investigador José Pedro Basto da Silva. O objetivo é formar uma nova geração de cientistas em técnicas de ponta de fabricação, simulação e caracterização de materiais avançados para atender ao desafio urgente de alcançar um ecossistema sustentável na IoT, a qual consiste na conexão de dados permanente entre dispositivos físicos e digitais, sistemas e serviços, associando ✅machine learning e inteligência artificial.
Na prática, os sensores poderão ser utilizados em aplicações que permitam monitorizar de forma autónoma infraestruturas remotas e o tráfego rodoviário em tempo real. Prometem também impactar na agricultura, na saúde e no bem-estar, assim como ajudar a mitigar as alterações climáticas.
“Precisamos que estes dispositivos sejam autónomos em termos energéticos e de comunicação, com capacidade para captar, recolher energia, armazenar e processar informação, minimizando desta forma a necessidade de intervenção humana”, avança o docente Luís Silvino Alves Marques, igualmente responsável pelo projeto.
Foto: UM.
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