Madeira: PS fala em "defesa da democracia" após marcação de eleiç&
“Esta decisão do senhor Presidente da República, de devolver aos madeirenses e porto-santenses o direito a escolher aquele que será o próximo Governo da Madeira, defende a democracia e o regular funcionamento das instituições democráticas”, disse Paulo Cafôfo, líder do PS/Madeira à agência Lusa.
O deputado único do Bloco de Esquerda (BE) no parlamento da Madeira, Roberto Almada, afirmou hoje que “a decisão do Presidente da República vai ao encontro daquilo que o Bloco de Esquerda sempre defendeu”.
“Era expectável. Na leitura que nós fizemos de toda esta situação – não podemos esquecer que isto [crise política] se arrasta há dois meses –, não havia condições objetivas que não fossem as que indicassem este caminho”, disse o também líder da IL na Madeira à agência Lusa.
Também o Juntos Pelo Povo (JPP) manifestou hoje apoio à decisão do Presidente da República, sublinhando que “não há que ter medo de ir a eleições. Nós não temos medo e pelo que vi a população perdeu a confiança em Miguel Albuquerque [presidente demissionário do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP]. É isso que eu vejo, é isso que eu sinto. Agora, bom, vamos para eleições e seja o que Deus quiser”, disse à agência Lusa o secretário-geral, Élvio Sousa.
Igualmente o líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, manifestou-se hoje a satisfação com a marcação de eleições regionais antecipadas, considerando que é necessário dar a voz ao povo, e recusou apoiar um Governo liderado por Miguel Albuquerque.
“Em democracia é assim mesmo, temos que dar a voz ao povo e agora serão os madeirenses e porto-santenses com a legitimidade de escolher os seus representantes para governar os destinos da região”, afirmou Miguel Castro, em declarações à agência Lusa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu hoje dissolver o parlamento da Madeira e convocar eleições antecipadas para 26 de maio. A decisão foi anunciada depois de ter ouvido os partidos e o Conselho de Estado sobre a crise política no arquipélago, desencadeada pela demissão do presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), o social-democrata Miguel Albuquerque, constituído arguido em janeiro no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na Madeira.
De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República após o Conselho de Estado que durou cerca de duas horas, este órgão consultivo “deu parecer favorável, por maioria dos votantes, à dissolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira”.
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