Estação intermodal de Coimbra: grupo de arquitetos quer abdicar de uma nova ponte rodoviária so
Adelino Gonçalves, Luís Paulo Sousa e Paulo Antunes defendem, na sua proposta, a criação de um parque urbano de 48 hectares que deverá estar articulado com a Mata Nacional do Choupal, a futura estação intermodal, o pavilhão multiusos previsto no Plano Diretor Municipal para aquela zona e o Vale de Coselhas.
Tal como o município, os arquitetos defendem o fim do viaduto do IC2 ao longo da rua do Padrão (via que liga o centro da cidade à estação ferroviária), mas entendem que o seu fim não exige a criação de uma nova ponte rodoviária sobre o Mondego, tal como defendido pela autarquia, apresentando como solução alternativa o desvio do trânsito para a rotunda da Fucoli e criação de um túnel que permita retomar o IC2 a norte.
O grupo defende também o fim do tráfego rodoviário no tabuleiro inferior da ponte-açude e propõe um novo desenho na forma como o Sistema de Mobilidade do Mondego chega à futura estação, para permitir, no futuro, uma expansão daquela rede de ‘metrobus’ a norte do concelho.
Ao contrário de Busquets, que defende um desenvolvimento urbano, com três torres que podem ter múltiplos usos, a poente, os arquitetos propõem uma intensificação do desenvolvimento urbano a nascente, junto à rua do Padrão.
Para esta proposta e por forma a reduzir o tráfego rodoviário que acaba por atravessar a cidade, os arquitetos defendem a conclusão do Plano Nacional Rodoviário em Coimbra, nomeadamente o prolongamento da A13 a norte, ligando-a ao IP3, permitindo criar uma circular regional externa, que consideram que deveria estar isenta de portagens.
Para Luís Paulo Sousa, a proposta de Joan Busquets permite uma travessia de tráfego sobre a malha urbana a ser edificada, considerando que aquilo que o grupo defende permite um maior foco na mobilidade suave em toda a zona que será intervencionada.
Para além da conclusão do Plano Nacional Rodoviário, os três arquitetos propõem também que se avance com o já previsto anel da Pedrulha.
Luís Paulo Sousa considera ainda que a atual proposta permitiria também aproveitar uma “área de grande conforto pedonal” de cerca de 400 hectares no centro de Coimbra.
Presente na sessão, o fundador da tecnológica Critical Software, Gonçalo Quadros, realçou a importância de Coimbra aproveitar a atual oportunidade da alta velocidade para que possa “fazer emergir uma nova cidade”.
Já o arquiteto Nuno Grande, também presente na sessão, considerou que a proposta hoje apresentada está demasiado focada nas propostas rodoviárias para a zona, considerando que é dada pouca atenção à própria estação, algo que considera também acontecer na proposta de Busquets, ficando diluída no meio das torres que são projetadas para aquela área.
“A estação deve ser o objeto que qualifica aquela zona”, apontou.
Questionado sobre uma maior integração do Monte Formoso na cidade, Luís Paulo Sousa esclareceu que propõem uma ligação mecanizada entre a conta daquela zona e a futura estação intermodal.
Para além da sessão pública, o grupo disponibilizou as suas propostas no site e lançou hoje uma petição pública onde é defendida a sua ideia para aquela zona da cidade.
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