O que precisa de saber sobre a vacinação contra a pneumonia Lifestyle

A pneumonia mata em média 16 pessoas por dia. Em 2018, esta doença foi responsável 43,4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5,1% do total de óbitos em Portugal. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização. Qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura.

No caso da pneumonia, corremos riscos de mortes, morbilidades e sequelas graves.

Quem e quando deve ser vacinado?

A vacinação deve ser uma prioridade ao longo da vida, em especial para os doentes crónicos e para quem tem mais de 65 anos. Correm maior risco de contrair doenças graves como a Pneumonia Pneumocócica e por isso devem ser protegidos. A proteção dos grupos de risco através de imunização tem vindo a ser defendida pelo Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA), especialistas e associações de doentes que apelam à gratuitidade da vacina contra a Pneumonia para as pessoas com mais de 65 anos, à semelhança do que já acontece com a vacina da Gripe.

Atualmente existe uma recomendação de vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco – idosos, diabéticos, doentes respiratórios crónicos, asmáticos, entre outros – está explanada numa norma da Direção-Geral da Saúde (DGS). A vacina é gratuita para as crianças, embora a eficácia esteja comprovada em todas as faixas etárias, incluindo em prevenir formas mais graves da doença.

Apesar de estarem identificados os grupos de risco, continua a verificar-se baixas taxas de imunização. A que se deve tal situação?

Apesar da disseminação de informação e das diferentes campanhas organizadas para sensibilizar a população, a Pneumonia continua a matar todos os dias. Mesmo sendo prevenível por vacinação. Mais do que os constrangimentos económicos, que também existem, a falta de informação é a principal causa apontada para a baixa taxa de imunização contra a doença. Temos de travar esta tendência, apoiando quem se encontra em maior risco, seja através de apoio económico ou de informação.

Em termos económicos qual o impacto da doença pneumocócica na sociedade?

É fundamental olhar para a realidade portuguesa e perceber que 21% dos portugueses têm 65 ou mais anos. São cerca de dois milhões de pessoas que, ao beneficiarem da vacinação enquanto medida de prevenção, acabam por contribuir para uma redução significativa de custos que rondam em média 80 milhões de euros anuais, só em internamentos.

Este ato tem ganhos quantitativos e qualitativos, permitindo investir na saúde, a prevenir eventuais internamentos e, no limite, a reduzir significativamente o número de mortes. Estudos revelam que por semana, a pneumonia provoca, em média, 161 mortes e um gasto de 1,5 milhões de euros, só em tratamentos e internamentos – não contabilizando outros custos indiretos e intangíveis.

5 conselhos médicos para evitar a pneumonia

1. Vacine-se contra a pneumonia e contra a gripe

2. Controle doenças crónicas coexistentes

3. Se for fumador, deixe de o ser e se tem por hábito consumir bebidas alcoólicas, modere esse consumo

4. Promova uma boa higiene oral

5. Mantenha um estado nutricional adequado

Um artigo do médico José Alves, pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.

Veja ainda: 12 sintomas que nunca deve ignorar

Não deve menosprezar determinados sintomas que podem colocar a sua saúde em risco. Saiba quais. Sensação de medo constante e ansiedade - Quando a ansiedade é acompanhada por uma dor ou desconforto na zona do peito, tal pode estar relacionado com doença coronária. Consulte um cardiologista para uma avaliação mais aprofundada, especialmente se tem um histórico familiar de doença coronária, morte prematura, se é fumador ou se sofre de pressão alta. Dores fortes na zona do umbigo - A dor que começa perto do umbigo e que alastra para o lado direito pode ser o início de uma apendicite, caso se mantenha há 12 horas. Febre é outro dos sintomas. Pode ignorar essas dores no máximo durante 24 horas, mas depois corre o risco das bactérias invadirem o intestino grosso e a cavidade abdominal, provocando uma infeção generalizada. Procure ajuda se tiver dores, febre, calafrios e/ou diarreia. Flashes de luz - A menos que alguém tenha acabado de tirar uma foto com flash, os flashes repentinos de luz na sua visão podem representar uma série de distúrbios. Estes flashes são um dos primeiros sintomas de um descolamento de retina, por exemplo. Procure a assistência de um oftalmologista se tiver este sintoma continuadamente. Indigestões frequentes - Os medicamentos não vão aliviar os sintomas de uma indigestão. E se sente com a barriga inchada, nauseado, tal pode ser sinal de helicobacter pylori, uma bactéria relacionada com a úlcera péptica e ao cancro gástrico. A presença desta bactéria nem sempre resulta em úlcera, gastrite ou cancro. Mas consulte um médico se os sintomas se prolongarem. Dor no joelho - Se sente que o seu joelho está a entrar em colapso, pode ter uma lesão do ligamento cruzado anterior. Alguns jogadores de futebol são propensos a este tipo de lesões. Não force o joelho, procure um ortopedista. Dor ao urinar - As mulheres são mais propensas a infeções urinárias, no entanto os homens também podem sofrer do mesmo. Dor ao urinar pode ser um sinal de um aumento da próstata ou hiperplasia prostática benigna. No caso das mulheres, não ignore as dores durante a micção. Consulte um ginecologista de imediato. As infeções têm de ser tratadas, sob pena de evoluir para problemas mais graves. Dor nos gémeos - Um gémeo ferido pode ser mais do que uma lesão muscular. A sensação de queimadura pode ser sintoma de uma trombose venosa profunda, um coágulo de sangue que se forma numa veia. Os riscos de desenvolver um coágulo podem aumentar se trabalha sentado e se não bebe tantos líquidos quanto deveria. Não ignore os sintomas e consulte um médico. Dores nas articulações constantes - Se tem uma dor profunda dentro do ombro, pode ser resultado de uma lágrima labral subjacente. Este tipo de lesões na cartilagem podem limitar os atletas ou trabalhadores. Consulte um ortopedista se sentir dores contínuas. Vertigens e tonturas - Pode estar perto de sofrer uma síncope. As tonturas podem ser sinal de um ritmo cardíaco anormal. Não deve ignorar se acontecem com frequência. Dor de dentes - Têm várias origens, como as infeções na gengiva ou o crescimento dos dentes do siso. A dor de dentes é como um alarme de incêndio: alerta para um problema que, se detetado precocemente, pode ser reparado facilmente. Se não for tratado, corre o risco de perder um ou mais dentes ou de sofrer uma infeção generalizada. Procure um dentista se sentir dores nos dentes ou gengivas. Febres persistentes - Um dos primeiros sinais pode ser uma febre ligeira, até cerca de 38,9ºC. A febre é muitas vezes acompanhada de outros sintomas leves como fadiga, aumento dos gânglios linfáticos (formação de ínguas) e dor de garganta. A febre indica uma reação inflamatória do organismo respondendo ao VIH que está a tentar replicar-se na corrente sanguínea. Dor de cabeça intensa e regular - Uma dor de cabeça súbita e intensa deve ser tida em consideração. Pode estar a ter uma hemorragia cerebral. As enxaquecas súbitas podem ser explosivas e nem todas são sérias. Se forem comuns, mesmo num período de tempo curto, procure ajuda médica.
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