JMJ: Muita festa, mas nem tudo vai bem no Parque Tejo 24
No dia de estreia do Parque Tejo enquanto palco da Jornada Mundial de Juventude (JMJ) nem tudo vai bem. O ambiente é de festa, à semelhança do que tem acontecido desde o início da semana e, tal como se antecipava, esta é a maior enchente, apontando-se para mais de um milhão de pessoas a marcar presença (há quem avance 1,5 milhões, mas ainda não são números oficiais).
À parte dos problemas de congestionamento nas entradas, nomeadamente de grandes grupos, no recinto - problemas aos quais a maioria dos peregrinos reage com bonomia e naturalidade - há outras questões de organização. À medida que nos vamos afastando do palco principal os problemas começam a ficar mais visíveis, mas mesmo as casas de banho mais próximas do palco ficaram sem água pelas 16h00, e muitas das torneiras de abastecimento de água potável estavam já avariadas.
Outro dos espaços onde os peregrinos podem encher as garrafas e lavar a cara alagou uma grande área onde peregrinos tinham acampamento montado. Rápidos e cheios de voluntarismo, fizeram uma vala para encaminhar a água para o Trancão, com uma colher de plástico e latas de atum vazias.
Na zona do Parque Tejo mais próxima de Loures, as queixas sobre o chão onde os peregrinos vão ficar e a maioria pernoitar também se fizeram ouvir: muitas pedras, dificuldade de encontrar locais planos e falta de sombra.
JMJ. Jovens "desesperam" para encher garrafas de água para suportar altas temperaturas
Ver artigoA organização também foi rápida a tentar resolver o problema, mas, três horas mais tarde, a água permanecia . E os problemas com a canalização pareciam repetir-se em vários pontos do Parque Tejo. Muitos peregrinos caminham em cima de lama e pó.
No media center, os lugares são poucos para o número de jornalistas presentes, o que teve como consequência filas à porta e frustração de todos os que não puderam usar o espaço para trabalhar.
A ponte por cima do rio Trancão chegou mesmo a ser encerrada pela Proteção Civil. A polícia não deixava que ninguém a pisasse, nem imprensa, nem staff, nem voluntários. Depois de inspecionada pela proteção civil a ponte reabriu para imprensa e staff, mas “poucos de cada vez”, e com vários sonoros alertas de que ninguém podia estar parado em cima dela.
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