Incêndios: Associação de Vítimas apela aos políticos para cuidarem do pa&a
“Peço-vos, enquanto elemento da AVIPG, que todas as vossas energias sejam aplicadas na missão para a qual foram eleitos - cuidar de Portugal -, para que não se façam mais memoriais de futuro. Esse é o vosso desígnio e a nossa esperança”, afirmou Dina Duarte.
A dirigente discursava na cerimónia de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017, no memorial erguido junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, na qual participaram, entre outros, o Presidente da República, o primeiro-ministro e mais quatro ministros.
“Neste dia e em todos os outros, neste local, honraremos a memória destas vítimas dos incêndios de 2017”, referiu Dina Duarte, que elencou o nome de todas as vítimas mortais, para depois enumerar os feridos e os feridos graves que foram salvos.
Depois de fazer memória ao ano de 2017, a presidente da AVIPG disse que, volvidos seis anos, “é neste local que a água” refresca o ser, para sublinhar que “água é vida”:
“Que 27 de junho 2023 seja o virar da página, que as nossas lágrimas sequem para dar lugar à esperança de um país melhor, de um território onde há futuro. Um país onde há memória, porque um país sem memória do passado não constrói futuro promissor”, acrescentou.
O memorial, da autoria do arquiteto Souto Moura, também presente na cerimónia, é um investimento de 1,8 milhões de euros. Inclui um lago de enquadramento, com cerca de 2.500 metros quadrados de área, alimentado por uma gárgula com 60 metros de extensão, sendo bordejado por uma faixa de plantas constituída por nenúfares brancos, lírios e ranúnculos.
De acordo com a Infraestruturas de Portugal, dona da obra, “o memorial inclui também, como peça fundamental, um muro com a inscrição do nome de cada uma das 115 pessoas vitimadas nos incêndios florestais de junho e outubro de 2017”.
O memorial abriu no dia 15 de junho sem qualquer cerimónia pública de homenagem às vítimas dos incêndios florestais de junho e outubro de 2017. A ausência de figuras de Estado suscitou críticas de vários setores.
Os incêndios que deflagraram em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos noutras 253, sete das quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
A maioria das vítimas mortais foi encontrada na Estrada Nacional 236-1, que liga Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, junto à qual foi erguido o memorial.
Em outubro do mesmo ano, outros incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.
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