Morreu a compositora finlandesa Kaija Saariaho 24
“Estamos devastados em anunciar que Kaija Saariaho morreu hoje de manhã, pacificamente na sua casa, em casa em Paris”, lê-se num comunicado hoje divulgado, assinado pelo marido, a filha e o filho da compositora.
Nascida em Helsínquia, em 1952, Kaija Saariaho compôs para diferentes formações, de pequenos ensembles a orquestra, contando ainda com ópera, música para teatro, dança e música eletroacústica.
Kaija Saariaho foi a compositora em residência na Casa da Música, no Porto, em 2010, e regressou a esta instituição em 2023, para fazer a estreia portuguesa da sua obra “Ciel d’hiver”, integrada na programação “Música no Feminino”.
“Lichtbogen”, “Graal théâtre”, “Laconisme de l’aile”, “L’aile du songe” são algumas das suas peças presentes no repertório de diversas orquestras portuguesas, como a Gulbenkian, a Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do Porto, além do Grupo Música Nova, de Cândido Lima, que revelou a compositora ao público português.
Entre as obras de Saariaho destacam-se igualmente as óperas “Émile” e “L’Amour de loin”, ambas com libreto do escritor Amin Maalouf, e ambas apresentadas em Portugal, no âmbito da Temporada Gulbenkian de Música, em Lisboa, em 2013 e 2016, e na Casa da Música, no Porto (“Émile”).
Na temporada 2014-2015, Kaija Saariaho foi mentora do compositor português Vasco Mendonça, no programa internacional Mestres Discípulos.
A gravação de “L’Amour de loin”, estreada no Festival de Salzburgo, em 2000, pela Orquestra Sinfónica Alemã de Berlim, sob a direção de Kent Nagano, foi distinguida com o Prémio Grammy, em 2011.
Em 2023, venceu o Leão de Ouro de carreira da 65.ª edição do Festival Internacional de Música Contemporânea, da Bienal de Veneza, “pelo extraordinário nível técnico e expressivo que alcançou nas partituras para coros”.
Na altura, a Bienal de Veneza destacou que Kaija Saariaho é reconhecida não só pelo trabalho artístico original para voz, mas em particular pela composição “Oltra Mar”, de 1999, “uma obra-prima absoluta” para coro e orquestra, “harmonicamente complexa, mas de composição clara”, e influenciada pelo impressionismo.
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