Liga dos Bombeiros Portugueses queria estar “um passo mais à frente” na criaç&atil
“Entendemos que em diálogo, em cooperação, e de uma forma paulatina, nós, bombeiros, temos que recuperar o nosso comando nacional”, frisou aos jornalistas em Tondela, durante as comemorações do Dia Nacional do Bombeiro.
António Nunes considerou que a Proteção Civil tem “um papel importantíssimo na sociedade” e deve continuar “a dirigir estrategicamente todas as operações de socorro”.
“Não é isso que está aqui em causa. O que está aqui muitas vezes em causa é o comando operacional dos meios”, esclareceu o responsável.
Segundo o dirigente, no âmbito das negociações com o Ministério da Administração Interna, este verão, os bombeiros vão indicar os seus “comandantes de zona operacional e também de setor e regional e nacional para as várias salas de operações”.
A ideia é cooperar, de forma a haver “uma interligação entre os corpos de bombeiros e a própria Proteção Civil”, explicou.
António Nunes mostrou-se convencido de que as negociações poderão avançar se este verão conseguirem “mostrar que esta representatividade melhora as condições operacionais dos bombeiros no terreno”.
“Nos incêndios florestais, 90 ou 95% dos meios de combate a incêndios florestais são bombeiros. Podem criar as forças todas que entenderem, mas são bombeiros, são cerca de 27 mil mulheres e homens que todos os anos dão o melhor de si”, sublinhou.
Questionado sobre o comando autónomo, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, salientou aos jornalistas o “diálogo construtivo” que tem havido com a LBP.
José Luís Carneiro referiu que “a LBP encontrou uma forma de escolha daqueles que a representam nas estruturas de comando operacional”, optando pela sua eleição.
“Nós não temos que nos pronunciar sobre a forma como a LBP desenvolve os seus métodos de escolha, ou por nomeação ou por eleição, daqueles que a representam na estrutura nacional de comando da ANEPC”, acrescentou.
No que respeita às queixas de falta de meios, António Nunes referiu que aquilo que interessa aos bombeiros é que haja “um planeamento e um enquadramento a curto e médio prazo”.
“Vimos aqui um desfile de viaturas. A maioria tem boa aparência, mas tem mais de 30 anos de idade. O que nós estamos aqui a defender é o melhor para os cidadãos, porque os bombeiros só existem porque querem defender as suas populações”, realçou.
O presidente da LBP lembrou que “os bombeiros estão ao serviço dos portugueses e de Portugal e, por isso, o Governo, a Assembleia da República, as câmaras municipais, os autarcas, têm que olhar para eles de uma forma completamente diferente, no sentido de que, ao entregarem esses meios, são meios de defesa das populações”.
O ministro lembrou que o Orçamento do Estado destina 55 milhões de euros ao dispositivo especial de combate aos incêndios rurais, dos quais “34 milhões de euros são para toda a estrutura de combate terrestre, para os meios humanos, para os veículos, para toda a operação logística”.
“Os meios, em função das circunstâncias exigentes que se vivem hoje na Europa e também no país, serão sempre limitados para o conjunto das necessidades. Só evitando os incêndios conseguiremos ter os meios adequados para as necessidades”, avisou, explicando que, “sempre que há mais de 150 incêndios por dia, todo o sistema de Proteção Civil entra em grande pressão”.
As comemorações do Dia Nacional do Bombeiro realizadas hoje em Tondela integraram um desfile apeado e motorizado das forças em parada e a atribuição de diversas condecorações.
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