Liga MEO Surf: Guilherme Ribeiro e Gabriela Dinis vencem o Allianz Figueira Pro
A nova geração de surfistas portugueses assumiu a liderança do ✅ranking neste início de ano, destronando pelo caminho até à final surfistas mais experientes provando, uma vez mais, que o futuro do ✅surf nacional está garantido. Houve várias notas excelentes e reviravoltas emocionantes nos últimos minutos.
A final masculina foi disputada entre o atual campeão nacional, Guilherme Ribeiro, e o ex-vice-campeão nacional, Afonso Antunes. A primeira troca de ondas foi favorável a Afonso sendo que durante a final houve alternância da liderança por diversas vezes. A poucos minutos do fim, Afonso estava em 1º lugar, mas a reação do surfista da Costa de Caparica numa onda bem trabalhada com ✅surf de ✅rail desde o ✅outside que valeu 6.25 pontos foi suficiente para provocar a reviravolta. Foi já depois da buzina soar que foram lançadas as últimas notas que confirmaram o resultado. À saída da água, assistiu-se a um grande momento de desportivismo com Afonso a carregar o seu amigo nos ombros, dando-lhe os parabéns pela vitória.
“Na final adotei a mesma estratégia que utilizei durante o campeonato inteiro”, afirmou o campeão. “Sei que neste campeonato não apanhei as melhores ondas, mas fiz o meu melhor ✅surf e acho que a vitória vem daí. Na final, não estive nas ondas boas, mas consegui fazer a reviravolta no fim. Para mim é sempre um prazer disputar baterias com o Afonso já que somos bons amigos. Terminei o ano com a licra amarela e vou continuar com ela o que me dá muita força e confiança. Quero ficar com esta licra até ao fim da Liga MEO ✅Surf e, possivelmente, sagrar-me campeão nacional outra vez”, finalizou.
As meias-finais contaram com três surfistas da nova geração nacional e um surfista mais experiente. Na primeira bateria entre Guilherme Ribeiro e Frederico Morais assistiu-se a um duelo renhido de ✅surf de ✅rail e polido entre os dois que terminou com 13.75 para Guilherme e 13.35 para Kikas. Na segunda meia-final, Afonso Antunes e Matias Canhoto sentiram dificuldades em encontrar ondas de qualidade. O primeiro carimbou a passagem para a final com 9.25 pontos enquanto Matias terminou em 3º lugar ex-áqueo com 6.65 pontos.
Nos quartos de final, Frederico Morais foi o melhor surfista desta fase com uma performance avassaladora diante de Halley Batista com três notas excelentes (8.65, 8.75 e 8.50), numa bateria em que teve apenas um sentido, finalizada com o ✅score de 17.40 pontos.
Guilherme Ribeiro venceu João Maria Mendonça, enquanto Afonso Antunes derrotou o, até então, campeão do evento e ex-campeão nacional, Vasco Ribeiro. Apesar de este ter começado fortíssimo com uma nota excelente de 8.25 pontos (a melhor da bateria), não conseguiu encontrar, até ao final, uma boa segunda onda. Antunes seguiu para as meias-finais com um ✅score de 12.40 pontos contra 11.25 do surfista de Cascais. Ainda nesta fase, Matias Canhoto venceu Francisco Almeida. O surfista de Peniche descobriu as melhoras ondas enquanto o seu adversário não encontrou o ritmo com o mar.
Gabriela Dinis e Francisca Veselko protagonizaram a final feminina, com a primeira começar forte com uma onda de 7.50 pontos. Mas a reação da, até então, campeã da etapa, com duas ondas de 5.75 e 4.50 levaram-na para o 1º lugar. Foi já nos últimos minutos que Gabriela Dinis apanhou a onda decisiva de 3.00 pontos, suficiente para garantir a vitória após três finais perdidas na Liga MEO.
“Estou super feliz”, afirmou a campeã. “Os últimos três anos foram difíceis para mim devido a várias mudanças de treinadores e ter de acabar o secundário, mas finalmente estabilizei. Na final, não entraram muitas ondas boas, acho que só fiz duas ou três. Tentei esperar pelas melhores porque sabia que precisava de notas altas para ganhar e felizmente resultou”, concluiu.
Na primeira meia-final assistiu-se a uma disputa entre a maior experiência da ex-campeã nacional, Carolina Mendes, diante da irreverência e juventude de Gabriela Dinis. A onda de 6.50 pontos da jovem surfista, de 18 anos, acabou por fazer a diferença no meio de algumas notas baixas de ambas as atletas garantindo-lhe um lugar na final.
A segunda bateria desta fase opôs Francisca Veselko a Camilla Kemp. Francisca começou com uma onda de 6.00 pontos gerindo a bateria do início ao fim deixando a adversária a correr atrás do prejuízo. Já nos últimos minutos a campeã desta etapa em 2022 fez a melhor onda da bateria com 6.50 pontos terminando com o score de 12.50 contra 6.50 da adversária.
Em termos de surpresas, Teresa Bonvalot foi eliminada na bateria do ✅round 3, que teve de ser repetida devido a dificuldades técnicas, enquanto Yolanda Hopkins foi eliminada na segunda ronda numa bateria renhida vencida por Teresa Bonvalot com Gabriela Dinis em 2º lugar.
Com os resultados de ontem, Guilherme Ribeiro e Gabriela Dinis saem na frente da liderança da ✅Allianz Triple Crown, troféu especial no conjunto das etapas da Figueira da Foz, Ericeira e Ribeira Grande.
Antes das finais, realizou-se uma homenagem a Pedro Martins de Lima, o primeiro surfista português recentemente falecido, com a deposição de uma coroa de flores no mar e um minuto de silêncio.
💥️Resultados finais do ✅Allianz Figueira Pro:
Final masculina: Guilherme Ribeiro 11,65 vs. Afonso Antunes 10,50
Final feminina: Gabriela Dinis 10,50 vs. Francisca Veselko 10,25
Joaquim Chaves Saúde ✅Best Wave: Frederico Morais, 8,75 pontos
Bom Petisco ✅Girls Score: Francisca Veselko, 16,75 pontos
Figueira ✅Best Surfer: Ivo Cação
✅Waversby Round (melhor performance desportiva no ✅round 3): Frederico Morais, 15.35 pontos
A Liga MEO ✅Surf volta à água no próximo mês, com Porto e Matosinhos a receberam a segunda etapa da temporada. O Joaquim Chaves Saúde Porto Pro disputa-se de 21 a 23 de abril.
Foto: Jorge Matreno.
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