Intervenção no Greta K permitiu apagar dois pequenos fogos, diz Marinha 24
Previsto para ser rebocado hoje para o porto de Leixões, o navio foi alvo de uma verificação técnica por ter sido visto novamente fumo a sair da embarcação.
“Na sequência da quantidade significativa de fumo que era possível observar do exterior, assim como da observação de imagens térmicas efetuadas pelas câmaras de infravermelhos da Fragata, foi decidido efetuar uma reentrada no Greta K.”, assinala o comunicado da Marinha.
O documento continua acrescentando que “a razão desta nova visita teve origem na necessidade de fazer uma última confirmação da situação atual do navio mercante, após mais de 24 horas sem arrefecimento externo com recurso a água projetada pelos rebocadores”.
“Esta inspeção técnica, de difícil grau de realização devido à falta iluminação, denso fumo, deformações estruturais, acessos bloqueados e elevadas temperaturas que se faziam sentir no interior do navio, agravadas por forte ondulação, resultou na extinção de dois pequenos focos de incêndio no interior do espaço de máquinas”, descreve a nota de imprensa.
Sublinha a Marinha que “este foi mais um importante passo dado no sentido de possibilitar o reboque em segurança para o Porto de Leixões, mitigando o risco de desastre ambiental”.
Em conferência de imprensa hoje em Matosinhos pelas 19:00, o comandante da Capitania do Douro e Leixões, Silva Rocha, afirmou que “o navio tinha uma previsão de chegada para hoje de manhã”, mas que se verificou “a necessidade de fazer uma inspeção por parte de uma equipa técnica da fragata Corte-Real, porque surgiram dúvidas relativamente ao fumo que saía do navio e a eventual alteração das condições de segurança fixadas no dia anterior”.
Segundo a Marinha Portuguesa, o alerta para o incêndio no navio-tanque Greta K, com bandeira de Malta, que se encontrava a navegar a cerca de uma milha e meia de costa, cerca de três quilómetros, junto à praia dos Ingleses, na Foz do Douro, foi dado cerca das 15:30 de terça-feira para o “Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) de Lisboa, da Marinha”.
O navio tinha 19 tripulantes a bordo, todos de nacionalidade filipina, tendo 16 sido retirados nos últimos dias. A embarcação transporta “gasóleo e combustível destinado a aviões (jet fuel)”.
A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional alertaram na quarta-feira para o “agravamento considerável” das condições meteorológicas e de agitação marítima em Portugal continental, desde as 06:00 de hoje e até ao meio-dia de sábado.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já tinha colocado sob “aviso amarelo” nove distritos do continente até sexta-feira devido à previsão de agitação marítima, com ondas de noroeste com 4 a 4,5 metros.
O aviso destina-se aos distritos do Porto, Aveiro, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja (costa alentejana) e Braga.
O “aviso amarelo”, o menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
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