Protestos contra reforma judicial levam milhares às ruas em Israel
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (11) em Israel pela décima semana seguida para protestar contra um projeto de reforma judicial que o governo tenta aprovar e que é visto como uma ameaça para a democracia.
A coalizão de partidos de direita e extrema direita formada em dezembro pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se prepara para acelerar o processo legislativo neste domingo.
1 de 2 Manifestante usa máscara ironizando Benjamin Netanyahu em protesto em Jerusalém. — Foto: REUTERS/Ronen ZvulunManifestante usa máscara ironizando Benjamin Netanyahu em protesto em Jerusalém. — Foto: REUTERS/Ronen Zvulun
Segundo seus críticos, o texto, que tem como objetivo diminuir a influência do poder judicial em prol do poder político, ameaça a separação de poderes e o caráter democrático de Israel.
Netanyahu e seu ministro da Justiça, Yariv Levin, consideram, em vez disso, que esta reforma restaurará um equilíbrio de forças entre os legisladores e a Suprema Corte, que eles veem como uma instituição politizada.
Como nas últimas semanas, a principal manifestação deste sábado ocorreu no centro de Tel Aviv onde, segundo a mídia, mais de 100 mil pessoas compareceram com bandeiras brancas e azuis.
Nas cidades de Haifa (norte) e Beersheba (sul) foram batidos recordes de participação, com 50 mil e 10 mil pessoas respectivamente, segundo a mídia.
2 de 2 Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante encontro com ministro na Itália, em Roma, em 10 de março de 2023 — Foto: Remo Casilli/REUTERSPrimeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante encontro com ministro na Itália, em Roma, em 10 de março de 2023 — Foto: Remo Casilli/REUTERS
A polícia não informa uma estimativa do número de manifestantes neste país de nove milhões de habitantes.
O presidente da Comissão de Direito do Parlamento, Simcha Rothman, deverá realizar audiências sobre o projeto de domingo a quarta-feira com vistas a respeitar o cronograma estabelecido com o ministro da Justiça.
O Executivo, o mais à direita da história do país, deseja aprovar os principais pontos da reforma antes de 2 de abril.
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