Criação de empregos formais soma 83,3 mil em janeiro, quase metade do mesmo mês do ano passado
Agências do Trabalhador promovem mutirão de empregos para mulheres — Foto: Geraldo Bubniak/AEN
A economia brasileira gerou 💥️83,3 mil empregos com carteira assinada em janeiro deste ano, informou nesta quinta-feira (9) o Ministério do Trabalho e Emprego.
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O resultado representa piora em relação a janeiro do ano passado, quando foram criados 167,3 mil empregos formais. A queda, nesta comparação, foi de 50,2%.
Deste modo, a criação de empregos com carteira assinada foi quase a metade da que foi registrada no mesmo mês de 2022.
Ao todo, segundo o governo federal, em janeiro deste ano foram registradas:
Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os juros elevados, determinados pelo Banco Central para controlar a inflação, além da alta no endividamento da população e do custo da cesta básica, dificultaram a geração de empregos formais em janeiro deste ano.
"Em janeiro, apesar de todos esses 'senões', temos um saldo positivo nos empregos formais", declarou.
Ele lembrou que o Ministério da Fazenda tem trabalhado em um plano para reduzir o endividamento da população, chamado de "Desenrola", cujo anúncio é aguardado para as próximas semanas.
Em janeiro de 2023 e de 2023, respectivamente, foram abertas 112 mil vagas e 254,2 mil empregos formais.
A comparação dos números com anos anteriores a 2023, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.
Deste modo, esse foi o pior resultado para meses de janeiro do "novo Caged", que considera as alterações metodológicas.
Os números do Caged de janeiro de 2023 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia.
Os dados também revelam que foram abertas vagas em três das cinco regiões do país no mês passado.
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.012,78 em janeiro deste ano, o que representa aumento real (descontada a inflação) em relação a dezembro do ano passado (R$ 1.923,97).
Na comparação com janeiro de 2022, porém, houve queda no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.021,49.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim do mês mostram que o mercado de trabalho brasileiro superou, ao final de 2022, o patamar pré-pandemia. A taxa média de desemprego no ano foi de 9,3%, o menor patamar desde 2015.
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