Rodrigo Garcia diz não ter pedido nada em troca de apoio a Bolsonaro e Tarcísio no 2º turno e nega saída do PSDB
Rodrigo Garcia durante inauguração de Bom Prato em Santo André, nesta quinta (6) — Foto: Reprodução/TV Globo
O governador de São Paulo e ex-candidato à reeleição pelo PSDB, Rodrigo Garcia, afirmou nesta quinta-feira (6) que sua declaração de apoio incondicional às candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno das Eleições de 2022 é coerente com sua trajetória política e ocorreu sem nenhum pedido retorno – como a manutenção de políticas implementadas em sua gestão.
Depois de ter apoiado Bolsonaro e Tarcísio, integrantes do PSDB criticaram a postura do governador. Também após o anúncio do apoio, Rodrigo teve quatro baixas no governo: o presidente da Desenvolve SP, Sergio Suchodolski, Rodrigo Maia e mais duas secretárias deixaram seus cargos na quarta-feira (5).
"O incondicional significa 'sem nenhum pedido em troca'. Eu não pedi, não fiz nenhuma troca para poder apoiar e declarar o meu voto ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio, porque nesse segundo turno nós temos dois lados, o lado do PT e esse outro lado, e esse é o meu lado. Aliás, é o lado onde sempre estive, desde os meus 20 anos de idade, quando comecei a militar na vida pública", afirmou. "Total coerência na minha decisão e na minha declaração de voto".
A fala ocorreu durante uma agenda do governador em Santo André, no ABC Paulista, na manhã desta quinta.
Questionado por uma jornalista sobre a possibilidade de deixar o PSDB e se filiar ao União Brasil, como alguns políticos de seu partido estariam sugerindo nos bastidores, Rodrigo afirmou que essa é uma discussão inexistente, citando uma "especulação política" em torno do tema.
"Não há nenhum tipo de decisão [sobre sair do PSDB e ir para o União Brasil], isso é especulação política. O PSDB é um partido plural. No 1º turno o Aloisio apoiou o Lula, e a nossa candidata era a Tebet, ninguém questionou isso", disse.
O candidato derrotado do PSDB à reeleição ao governo paulista fez sua declaração sobre o segundo turno na terça-feira (4), por uma transmissão ao vivo em rede social. Nela, estavam presentes o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de São Paulo com o ex-prefeito da capital, Fernando Haddad (PT).
"O PSDB Nacional está reunido neste momento declarando neutralidade, liberando, portanto, os estados. Eu, como candidato a governador do partido e, pessoalmente, como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio", afirmou Rodrigo na ocasião.
Mais cedo naquele dia, Tarcísio de Freitas disse querer apoio de tucanos, mas que não vê sentido em ter Rodrigo Garcia no palanque, uma vez que o candidato do Republicanos pregou "mudança" ao longo de sua campanha. Depois do anúncio do atual governador do estado, Tarcísio disse que o apoio é "muito importante".
Já Bolsonaro, ao lado de Rodrigo e Tarcísio, afirmou que o apoio do tucano é "muito bem-vindo" e o agradeceu.
"Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo. Agradeço muito a ele. Ele já tinha um amigo, agora terá um melhor amigo para propostas que ele possa sugerir ao governo. O Rodrigo, pela sua experiência, um jovem, trabalharemos juntos não só até o dia 30, mas durante o governo", disse Bolsonaro.
Bolsonaro, que tenta a reeleição, enfrentará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na votação marcada para o próximo dia 30. No primeiro turno, Bolsonaro ficou atrás de Lula. O candidato do PL recebeu 51 milhões de votos (43,20%), enquanto o petista ficou com 57,2 milhões (48,43%).
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