Simone Tebet se encontra com Lula e Alckmin em SP e confirma aliança: 'Total apoio', afirma ex-candidata

O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), se encontraram com a ex-candidata do MDB e senadora, Simone Tebet, nesta sexta-feira (7), em São Paulo.

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Simone Tebet anunciou apoio ao ex-presidente na quarta-feira (5) em um hotel em São Paulo. Ela ficou em terceiro lugar na votação realizada no último domingo (2), com 4,9 milhões de votos (4,16%).

Simone Tebet e Lula durante encontro em SP — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação 1 de 2 Simone Tebet e Lula durante encontro em SP — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Simone Tebet e Lula durante encontro em SP — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

"Presidente Lula, este não era um encontro agendado. Temos diferenças políticas e econômicas, mas o que está em jogo é maior: amor ao Brasil, democracia e Constituição. Todas as sugestões que fizemos foram incorporadas. Pensamos da mesma forma. O Brasil precisa ser reconstruído. Um Brasil generoso e que inclua, que não fique ninguém para trás", disse a senadora.

E emendou: "O Brasil que eu quero só pode ser construído por Lula e Alckmin".

Na sequência, Lula se comprometeu a executar as propostas apresentadas por Tebet e assumidas pela campanha do petista.

"Nós não estamos lutando contra um político normal, daquele que a gente estava habituado a combater e você já participou de muitas eleições. Nós estamos diante de um homem sem alma, sem coração. De um homem que não teve a sensibilidade de derramar uma única lágrima por nenhuma das mais de 680 [mil] vítimas de Covid. Um homem que, presidindo esse país, não teve coragem de visitar uma única criança órfã de pai e mãe que morreram de Covid. Não teve dó nem piedade de negar as vacinas quando elas poderiam ter salvado metade das pessoas que morreram", disse o petista.

Na quarta-feira, Tebet havia dito que "ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos".

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Simone Tebet e Lula selaram a aliança contra Bolsonaro em um almoço nesta quarta-feira em São Paulo, na casa da ex-senadora Marta Suplicy, que já teve passagens por PT e MDB.

Antes, a emedebista se encontrou com Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa encabeçada por Lula. Os dois tiraram uma foto segurando o plano de governo de Tebet.

Em fevereiro, antes mesmo de ser oficializada candidata pelo MDB, a parlamentar do Mato Grosso do Sul já havia dito, em entrevista, que em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro – que já lideravam as pesquisas de intenção de voto – o candidato do PL não teria o seu voto.

Tebet durante encontro com o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin em São Paulo — Foto: Divulgação 2 de 2 Tebet durante encontro com o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin em São Paulo — Foto: Divulgação

Tebet durante encontro com o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin em São Paulo — Foto: Divulgação

Simone Tebet começou a campanha eleitoral em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto. O Ipec, por exemplo, mostrava a emedebista com 2% em agosto.

A candidatura dela foi resultado de uma aliança entre MDB, PSDB e Cidadania. O Podemos anunciou apoio posteriormente.

As siglas de centro tentaram apresentar a parlamentar como o nome da terceira via, uma alternativa à polarização entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro – líderes nos levantamentos.

Com o início da propaganda eleitoral, a participação em sabatinas, atos de campanha, e o bom desempenho nos debates na TV, a emedebista saltou de 2% para 5%, empatando com Ciro Gomes nas pesquisas. No primeiro turno, ela superou o pedetista.

Durante a campanha, Simone Tebet disse que, se fosse eleita, daria transparência ao chamado "orçamento secreto", tiraria despesas com ciência e tecnologia do teto de gastos, e criaria um programa para pagar bolsas de R$ 5 mil para estudantes que concluíssem o ensino médio.

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