Fortalecido, bolsonarismo mira comando do Senado e alas já disputam lançar Tereza ou Damares

Damares Alves (à esq.) e Tereza Cristina são cotadas para disputar presidência do Senado — Foto: REUTERS/Adriano Machado e Valter Campanato / Agência Brasil 1 de 1 Damares Alves (à esq.) e Tereza Cristina são cotadas para disputar presidência do Senado — Foto: REUTERS/Adriano Machado e Valter Campanato / Agência Brasil

Damares Alves (à esq.) e Tereza Cristina são cotadas para disputar presidência do Senado — Foto: REUTERS/Adriano Machado e Valter Campanato / Agência Brasil

O resultado das urnas para o Legislativo animou bolsonaristas a ampliar espaço no comando dos Poderes. Com 14 dos 21 senadores eleitos, o objetivo agora é mirar o comando do Senado e já está em curso, nos bastidores, uma reedição entre bolsonaristas sobre o melhor nome para o posto: se Tereza Cristina (PP) ou Damares Alves (Republicanos).

As ex-ministras de Bolsonaro (pastas de Agricultura e Mulher, Família e Direitos Humanos) foram eleitas por Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, respectivamente.

Antes de serem escaladas por Bolsonaro para disputar o Senado, Tereza e Damares foram cotadas para o posto de vice-presidente na chapa à reeleição. O Centrão raiz conseguiu convencer Bolsonaro de que Damares não somaria – e, por isso, defendeu Tereza Cristina.

Mas, apesar de desbancar Damares, o Centrão não conseguiu emplacar Tereza – pois Bolsonaro queria um seguro impeachment e optou mais uma vez por um militar: o general Braga Netto.

Agora, a disputa entre alas bolsonaristas se repete nos bastidores: Damares é o nome preferido de segmentos evangélicos, tem como aliada a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o núcleo duro dos ideológicos do governo. Tereza Cristina, por sua vez, é o nome preferido de Ciro Nogueira (PP) e político do Centrão pragmático.

O QG da campanha bolsonarista vê a investida pela presidência do Senado como a possibilidade de tirar um opositor 💥️(leia mais abaixo) do comando de uma das casas legislativas. Assim, seria mais fácil aprovar ou vetar pautas que interessem ao Centrão.

Ao longo dos últimos quatro anos, Bolsonaro teve maior facilidade de levar seus projetos adiante na Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira (PP-AL) – e após a liberação do chamado orçamento secreto.

Se Bolsonaro se reeleger, terá maior facilidade para patrocinar um candidato na disputa do comando do Senado e da Câmara. Se perder, o nome mais falado nos bastidores é exatamente o do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Parlamentares procuraram o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o questionaram se não era hora de falar sobre reeleição ao comando do Senado, diante do avanço de bolsonaristas como Damares.

Segundo fontes ouvidas pelo 💥️blog, o presidente da Casa prefere "garantir lisura do processo", dar posse a quem for eleito e pensar na sua reeleição depois da eleição.

A interlocutores, Pacheco diz que não vai apoiar radicalismos, pautas antidemocráticas e reacionarismos para se reeleger presidente do Senado.

Aliados lembram medidas que ele adotou, como não ter levado ao plenário projeto do homeschooling, rejeitou pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e revogou a Lei de Segurança Nacional (LSN) – esta vista como o último dos chamados "entulhos autoritários" da ditadura militar.

Pacheco é visto também como um trunfo de Lula em Minas Gerais. No segundo maior colégio eleitoral do país, a avaliação é de que o governador reeleito, Romeu Zema, declarou apoio a Bolsonaro, mas não necessariamente transfere votos a Bolsonaro.

A campanha petista defende a tese pelo desempenho de Zema em cidades vencidas por Alexandre Kalil, seu adversário e aliado de Lula, e a derrota de seu candidato ao senado, Alexandre Silveira, que não foi reeleito.

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