Justiça concede liberdade a Celsinho da Vila Vintém, mas traficante segue preso

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu liberdade ao traficante Celsinho da Vila Vintém, contudo o traficante continuará preso porque tem outras condenações.

O alvará de soltura foi expedido pela desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

No mesmo dia, o desembargador Cláudio Tavares de Oliveira Júnior, da 8ª Câmara Criminal, negou um outro pedido da defesa: o benefício de visita periódica ao lar.

O magistrado alegou que Celsinho da Vila Vintém ainda não está apto para o meio social e que a saída seria prematura.

Como tem outras quatro condenações na Vara de Execuções Penais, o traficante continua preso.

Celsinho da Vila Vintém em julgamento em 2017 — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ 1 de 1 Celsinho da Vila Vintém em julgamento em 2017 — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ

Celsinho da Vila Vintém em julgamento em 2017 — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ

Celsinho era um dos principais traficantes do Rio nos anos 90 e, atualmente, cumpre pena no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Em janeiro, ele teve progressão do regime fechado para o semiaberto, mas nunca chegou a sair do presídio.

Na época, a decisão do juizado ressaltou que Celsinho tinha um histórico de fugas e que o traficante foi condenado por um crime cometido quando estava preso.

Entre 2002 e 2017, Celsinho esteve no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, mas o prazo para sua permanência acabou e ele retornou para o Rio.

Apontado como um dos fundadores de uma das principais facções criminosas do Rio, a Amigos dos Amigos, ele participou como testemunha de defesa em um processo contra Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de um facção rival, em outubro do ano passado. Beira-Mar era julgado em relação a participação em uma das maiores rebeliões do complexo prisional de Bangu, na qual quatro presos foram assassinados.

Na época, Celsinho disse que tentou se proteger do ataque dos presos e que o Beira-Mar não estava junto. Ao ser encontrado, ouviu de traficantes rivais que não seria assassinado. “Vim aqui, como testemunha dele, para pagar a dívida, por terem me deixado vivo”, disse, sob olhar e sinais de concordância de Beira-Mar.

Celsinho ironizou a qualidade da penitenciária durante uma das perguntas em que foi citado o "presídio de segurança máxima" de Bangu 1. Antes de responder à questão, ele debochou: "Segurança máxima é brincadeira, né?”, afirmou, provocando risos.

Na rebelião, ocorrida em 2002, e que Beira-Mar foi acusado de comandar, foram mortos os traficantes, aliados a Celsinho, Ernaldo Pinto Medeiros (Uê), Carlos Alberto da Costa (Robertinho do Adeus), Wanderlei Soares (Orelha) e Elpídio Rodrigues Sabino (Pidi).

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