Pandemia e corrupção seguem como pontos fracos de Bolsonaro e Lula, respectivamente
Lula e Bolsonaro em debate no dia 16 de outubro — Foto: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo
O primeiro debate do segundo turno entre candidatos à Presidência deixou claros os temas mais delicados para os candidatos: a pandemia, para Jair Bolsonaro, e a corrupção para Lula.
Os assuntos dominaram, respectivamente, o primeiro e terceiro blocos – e foram determinantes para o desempenho dos dois candidatos.
No primeiro bloco, Lula conseguiu conduzir seu oponente falar a longos minutos sobre a pandemia, incluindo os impasses envolvendo a compra das vacinas e a proporção maior de vítimas fatais no Brasil, na comparação com o restante do mundo.
Já no último bloco, Bolsonaro conseguiu conduzir o tema do confronto direto para a corrupção – onde aparenta estar no domínio da situação.
Lula gastou tanto tempo se defendendo que deixou de administrar bem seu tempo. Cada candidato tinha 15 minutos para falar, e o candidato do PT esgotou seu "banco" deixando Bolsonaro com cinco minutos para falar sem interrupções.
O pior momento para Bolsonaro foi provocado por ele mesmo ao falar do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, quando o candidato à reeleição chamou de bandidos os moradores da área. A repercussão foi tão ruim que Bolsonaro voltou mais tarde ao assunto para tentar consertar a declaração.
Ao fim, Lula não foi tão bem quanto os apoiadores e a campanha desejavam. Já Bolsonaro se mostrou mais desenvolto do que os adversários esperavam, até em temas com Auxílio Brasil e ajuda aos mais pobres – mas talvez, não o suficiente para virar um jogo em que saiu perdendo no último dia 2.
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