Em Paris, mulher de 24 anos é acusada de estuprar, torturar e matar uma menina de 12 anos

Homenagens à menina de 12 anos que foi encontrada morta em Paris, em 17 de outubro de 2022 — Foto: AFP 1 de 1 Homenagens à menina de 12 anos que foi encontrada morta em Paris, em 17 de outubro de 2022 — Foto: AFP

Homenagens à menina de 12 anos que foi encontrada morta em Paris, em 17 de outubro de 2022 — Foto: AFP

O Ministério Público da França acusou uma mulher de 24 anos, nesta segunda-feira (17), pelo assassinato de uma menina de 12 anos que foi encontrada morta no porta-malas de um carro.

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A mulher, que estaria sofrendo de distúrbios psiquiátricos, foi acusada de assassinato e estupro, com agravantes de tortura e barbárie. Um juiz ordenou que ela fosse mantida em prisão preventiva.

A suspeita foi detida na madrugada de sábado.

O tribunal ordenou também a detenção de um homem de 43 anos que teria recebido e transportado a suposta autora do homicídio.

Na noite de sexta-feira, o corpo da menina Lola foi encontrado em uma área comum do prédio onde ela morava em Paris.

Seus pais haviam reportado seu desaparecimento porque ela não voltou de sua escola, que fica a poucos metros da casa.

O corpo da menina foi encontrado por um morador de rua.

A acusada aparece nas imagens de vigilância do edifício. Uma testemunha também relatou a presença desta mulher, que teria lhe pedido ajuda para mover um grande baú, segundo diversos meios de comunicação.

A necropsia concluiu que Lola morreu por asfixia. As primeiras verificações indicaram lesões no pescoço.

A investigação tenta agora determinar o que motivou o crime e o que aconteceu desde o desaparecimento da menor até a descoberta do corpo.

Na escola Georges Brassens, onde a menina estudava, o sentimento nesta segunda-feira era de medo e descrença. Pela manhã, os representantes dos pais e mães de alunos se organizaram para acolher os adolescentes.

"Minha filha está com medo. Não quis vir hoje", disse uma mãe de aluna, que pediu anonimato.

Mafy, cujo filho era da mesma turma de Lola, afirmou que o menino não quer comer nada desde sexta-feira.

O ministro da Educação, Pap Ndiaye, também esteve na escola, onde participou de um minuto de silêncio na sala dos professores e na sala de aula de Lola, segundo o Ministério. As autoridades instalaram uma unidade de apoio psicológico para alunos, professores e pais, afetados pela tragédia que atingiu este bairro familiar.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e outros líderes políticos expressaram seu choque com a morte do jovem.

"Paris está de luto pela pequena Lola. Nossos pensamentos estão com ela e sua família", tuitou a prefeita, que visitou a escola no nordeste da capital francesa na segunda-feira.

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