Promotor afirma que já tem 'provas suficientes' para pedir a suspensão do contrato da ViaMobilidade
O promotor de Justiça de São Paulo, Silvio Marques, afirmou nesta segunda-feira (17) que o Ministério Público "já tem provas suficientes" para pedir na Justiça a suspensão do contrato da CPTM com a ViaMobilidade, responsável pela administração das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos.
Na tarde desta segunda, mais uma falha elétrica afetou a circulação de trens da Linha 9 - Esmeralda por 1 hora e 14 minutos💥️ (leia mais abaixo).
Marques afirmou também que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) defende a rescisão do contrato com a concessionária. "O serviço não está sendo prestado corretamente".
A declaração foi dada durante uma entrevista ao programa CBN São Paulo. Ainda segundo o promotor, o contrato pode ser rescindido pelo governo de São Paulo, ou por medida judicial via MP.
No caso de a CPTM reassumir a operação, Silvio afirmou que serão necessários de 60 a 90 dias para a contratação de novos funcionários e normalização das linhas. Ainda segundo o promotor, entre maio e junho deste ano, a ViaMobilidade pediu funcionários emprestados para a CPTM pois "tinha um problema técnico e a empresa privada não soube solucionar".
O promotor também apontou erros no edital de contração da Secretaria de Transportes do Estado com a ViaMobilidade. Segundo ele, os consumidores que se sentirem prejudicados pela falhas das Linhas 8 e 9 podem entrar com uma ação no juizado de pequenas causas e solicitar indenização.
Na tarde desta segunda, mais uma falha elétrica afetou a circulação de trens da Linha 9 - Esmeralda
A falha durou 1 hora e 14 minutos e ocorreu entre as estações Pinheiros e Vila Natal. Passageiros foram orientados a utilizar os ônibus da Operação PAESE, entre as estações Osasco e Presidente Altino.
A ViaMobilidade informou que a falha começou por volta de 13h31. Técnicos da concessionária atuaram no local e a circulação de trens foi normalizada às 14h45.
A ViaMobilidade já acumula quase R$ 10 milhões em multas registradas por falhas. Somente em cinco meses, a empresa cometeu 19 infrações.
A concessionária ainda não realizou nenhum pagamento porque está em um processo de recurso e análise do governo do estado. Alguns desses processos estão correndo há mais de sete meses.
Entre as infrações está o avanço de sinal vermelho, a abertura das portas do vagão fora da estação e uma batida na estação Julio Prestes, entre outras.
A empresa também foi multada pela morte de um funcionário durante um serviço de manutenção em 10 de março, por operar com intervalos acima do máximo definido e descumprir prazos.
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